O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
sábado, outubro 19, 2002
"EXISTE NO FASCÍNIO DO NU FEMININO UM ASPECTO DE VERTIGEM SEMELHANTE AQUELE QUE É PROVOCADO PELO VAZIO, PELO SEM-FUNDO - COM O SÍMBOLO DE v~wn, SUBSTÂNCIA PRIMEIRA DA CRIAÇÃO E DA AMBIGUIDADE DO SER NÃO-SER. ESTA CARACTERÍSTICA PERTENCE UNICAMENTE AO NU FEMININO"
in "Metafísica do sexo"- J.E.
“Ó! Não fujas, gritei, porque a natureza morre contigo”.
GERARD DE NERVAL
Ó Deusa Branca,
Senhora das fontes e dos lagos,
esquecida nas brumas do tempo,
chamo-te do mais recôndito do meu ser,
em cada célula um apelo, no meu corpo,
em cada átomo.
Não sei porque te envolve esse véu diáfano,
que te esconde na penumbra dos meus sonhos,
onde às vezes por piedade me sorris
ou me tocas com teu manto que te esconde de mim .
Outras vezes,
afagas-me o rosto com uma pena das tuas asas
e foges para longe.
Queria amar-te mais se eu pudesse
e trazer-te para bem perto ...
Pedir-te Senhora, nunca me esqueças...
Tu és a razão única da minha vida,
tu és a minha essência e cada nervo.
A carne, o sangue e o tecido,
cada fibra do meu ser te pertence!
in "ANTES DO VERBO ERA O ÚTERO"
POESIA DO ANTIGO EGIPTO
(...)
...Sete dias e eu sem a ver.
A minha doença cresce:
tenho pesados todos os membros!
Já nem me reconheço.
O alto sacerdote não é medicina, o exorcisismo é inútil:
esta é uma doença sem explicação.
Eu disse: Ela fará com que eu viva,
o seu nome fará com que eu me erga...
As suas mensagens são a vida do meu coração
chegando e partindo.
Mas a minha amada é a melhor medicina,
mais do que qualquer mezinha ou remédio.
A minha saúde está em vê-la aparecer...
Ficarei curado mal a veja.
Abra ela os meus olhos
e os meus membros retomarão a vida;
Basta que me fale e a minha força voltará.
Abraçá-la fará desaparecer todos os vestígios da minha doença...
Há sete dias que ela me abandonou...
(...) "Quando se ama não se ri; talvez se sorria apenas...Durante o espasmo está-se sério como na morte."
"Para além da seriedade, o acto sexual comporta um grau de concentração particularmente elevado, mesmo que seja frequentemente uma forma de concentração involuntária, imposta ao amante pelo próprio desenvolvimento do processo. Por este motivo, tudo o que o possa distrair pode ter sobre ele um efeito imediato eroticamente ou até psicologicamente inibitório. Emotiva e figurativamente é isto o que, no acto sexual, implica o "dom" de um ser o outro, mesmo quando tem a o carácter de uma união fortuita e sem continuidade.
Essas características, essa seriedade, essa concentração, são reflexos do sentido mais profundo do acto de amor e do mistério que encerra."
in "Metafíca do Sexo" de Julius Evola
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