O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
domingo, março 09, 2003
MAGNA MATER
Vem ó face oculta de mim, volta ao nosso seio
e sê de novo a a detentora de toda a magia e cura.
Vem, Lilith, a primeira mulher castigada,
vem Cibele,escondida nas cavernas,
Afrodite do mar,
Deméter e Perséfone encontradas...
Vem Maat ao meu coração semear a verdade,
restabelecer a justiça!
Vem Ísis e Hator deusas do amor...
Vem Virgem Maria a Piedade...
Voltem todas as deusas,
para que as mulheres sejam enfim Mulheres,
para que a mãe ame a filha,
para que o ódio cesse entre o macho e a fêmea.
Voltem e libertem-nos do Pai-todo-poderoso e do Pecado!
in "Mulher Incesto"
"Cinco mulheres morrem no País
todos os meses "
São vítimas de agressões doméstica...
de pais, maridos e amantes
"A violência doméstica mata mais mulheres que o cancro, a guerra ou os acidentes de viação e as vítimas têm idades compreendidas entre os 16 e os 44 anos. Os números são do próprio Governo: cinco mulheres morrem todos os meses vítimas destas agressões."
MADALENA GOMES
in Diário de Notícias (de hoje)
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