O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
terça-feira, março 18, 2003
"o primitivismo arrogante da raça humana terrena"
"Tenho estado a ver as notícias do advento da guerra. Sinto uma grande dor, como uma estupefacção que me não larga, perante o primitivismo arrogante da raça humana terrena que se dá ao luxo de preparar, em directo pela televisão, a aniquilação da vida. Mas a resistência da consciência em expansão já se faz sentir. Nunca como agora, essa voz se fez ouvir. Sinto que falta pouco... Espero estar certa."
Mariana Inverno
"as aberrações brutais e bárbaras de uma espécie virada contra si própria"
“Práticas como a mutilação sexual feminina, o espancamento doméstico, e todos os outros modos mais ou menos brutais que serviram para a androcracia manter as mulheres “no seu lugar” não serão evidentemente vistas como tradições consagradas, mas como o que realmente são - crimes gerados pela inumanidade do homem para com a mulher.
Quanto á inumanidade do homem pelo homem, à medida que a violência masculina deixa de ser glorificada por epopeias e mitos “heróicos”, as designadas virtudes masculinas de dominância e conquista serão igualmente vistas pelo que são - as aberrações brutais e bárbaras de uma espécie virada contra si própria”
in "O CÁLICE E A ESPADA" de Riane Eisler
CARTA ABERTA A George W. Bush.
Do escritor Paulo Coelho
Obrigado por revelar ao mundo o gigantesco abismo que existe entre a
decisão dos governantes e os desejos do povo. Por deixar claro que tanto
José María Aznar como Tony Blair não dão a mínima importância e não têm
nenhum respeito pelos votos que receberam. Aznar é capaz de ignorar que 90%
dos espanhóis estão contra a guerra, e Blair não se importa com a maior
manifestação pública na Inglaterra nestes 30 anos mais recentes.
(...)
Obrigado por ter conseguido o que poucos conseguiram neste século: unir
milhões de pessoas, em todos os continentes, lutando pela mesma idéia,
embora essa idéia seja oposta à sua.
Obrigado por nos fazer de novo sentir que, mesmo que nossas palavras não
sejam ouvidas, elas pelo menos são pronunciadas, e isso nos dará mais
força no futuro.
Obrigado por nos ignorar, por marginalizar todos aqueles que tomaram
uma atitude contra sua decisão, pois é dos excluídos o futuro da Terra.
Obrigado porque, sem o sr., não teríamos conhecido nossa capacidade de
mobilização. Talvez ela não sirva para nada no presente, mas será útil
mais adiante.
Agora que os tambores da guerra parecem soar de maneira irreversível, quero
fazer minhas as palavras de um antigo rei europeu a um invasor: "Que
sua manhã seja linda, que o sol brilhe nas armaduras de seus soldados,
porque durante a tarde eu o derrotarei".
O escritor Paulo Coelho, autor de "O Alquimista", entre outros, é
integrante da Academia Brasileira de Letras
Nota à Margem:
E nós portugueses, anestesiados e indiferentes, pouco ou nada fizemos
contra o ridículo e a vergonha a que Portugal foi exposto.
Somos ainda um povo adormecido pelos anos de fachismo, que apenas acordou para o consumismo
e a imitação dos grandes, vendendo a alma ao imperialismo?...
Os partidos estão divididos nos seus interesses mais mesquinhos e não tem capacidade de mobilização...
Oxalá venha a ter uma surpresa deste povo, tão grata como foi por Timor!!!
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