O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
quinta-feira, março 20, 2003
OS INVASORES e a Europa Antiga
A ORDEM NEGRA QUE VEIO DO CAOS
O DESVIO NA EVOLUÇÃO CULTURAL
(...)
No núcleo do sistema dos invasores encontram-se a atribuição de mais valor ao poder de tirar a vida, em vez de a dar. Este era o poder simbolizado pela Espada “masculina” que, como atestam antigas gravações Kurgan em cavernas, era literalmente adorada por estes invasores indo-europeus. Pois a sua sociedade dominadora, regida por deuses - e os homens - guerreiros, este era o poder supremo.
Com o surgir destes invasores no horizonte pré-histórico - e não, como se diz por vezes, com a descoberta gradual, por parte dos homens, de que eles representavam também um papel na procriação - a Deusa, e as mulheres, foram reduzidas a consortes e concubinas dos homens. Gradualmente a dominância masculina, a guerra e a escravatura de mulheres e de homens mais delicados e “afeminados” tornou-se norma.
Quão fundamentalmente diferentes eram estes dois sistemas sociais, e quão cataclísmicas foram as mudanças normativas impostas por estes “isolados periféricos” - agora tornados invasores periféricos - resume-o a seguinte passagem de Gimbutas:
“ As culturas da Europa Antiga e Kurgan eram a antítese uma da outra. Os europeus antigos eram horticultores sedentários propensos a viver em povoamentos planificados. A ausência de fortificações e de armamento atesta a coexistência pacífica desta civilização equalitária que era provavelmente matrilinear e matrilocal. O sistema kurgan posto por unidades de pastorícia patrilineares, socialmente estratificada do em pequenos aldeias ou povoamentos sazonais, enquanto os seus animais pastavam em vastas áreas. Uma economia baseada na agricultura e a outra na pecuária e na pastoril produziram duas ideologias contrastantes. O sistema de crenças da Europa Antiga centram-se no ciclo agrário de nascimento e regeneração, encarnado no princípio feminino a Mãe Criadora. A ideologia kurgan, como conhecida a partir da mitologia indo-europeia, exaltava os guerreiros viris e heróicos oriundos do céu faiscante e trovejante. As armas não existem na antiga imagética europeia, ao passo, que, como todos os indo-europeus historicamente reconhecidos, glorificam o poder letal da espada afiada.”
In “O Cálice e a Espada” – Riana Eisler
Daí adveio a:
GUERRA, ESCRAVATURA E SACRIFÍCIO
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