"Des arbres massacrés. Des maisons surgissent. Des gueules, des gueules partout.
L'homme s'étend. L'homme est le cancer de la terre. "- E. M. CIORAN
O PRINCÍPIO FEMININO VISTO PELO MASCULINO...
O FEMININO SAGRADO - Montserrat ARTE -
“Onde quer que o fanatismo antivital do princípio espiritual masculino seja dominante, o Feminino adquire uma feição negativa e perversa, precisamente em seu aspecto criador, mantenedor e intensificador de vida”.
Isto significa que a vida – e o Grande Feminino é o seu arquétipo – fascina e prende, seduz e encanta. Os impulsos e instintos naturais subjugam os seres humanos e o princípio masculino da luz e da consciência usa para isso a trama da vida, o véu de Maya, a ilusão “encantatória” da vida neste mundo.Por essa razão, O Grande Feminino, que deseja a permanência e não a mudança, a eternidade e não a transformação, a lei e não a espontaneidade criadora, é descriminado e visto para seu descrédito como demoníaco por um tal princípio masculino da consciência.
Assim procedendo, contudo, o princípio masculino consciente deprecia inteiramente o aspecto interior espiritual do princípio feminino, que exalta o homem mundano pela transformação espiritual e glorifica, ao conduzi-lo ao seu mais elevado significado.
(...) Entre os tibetanos, o demônio da Roda do Mundo é considerado igualmente feminino e interpretado como a Feiticeira Srinmo. Isso é em parte devido à tendência misógina do budismo que considera a mulher o principal obstáculo à salvação, pelo facto de ela gerar continuamente novas vidas, e de ser o instrumento da paixão sob o jugo da qual padece o mundo.”
IN A GRANDE MÃE DE ERICH NEUMANN
NOTA À MARGEM...
AS ÁRVORES, FONTES DE VIDA E CONHECIMENTO...
"...o homem é o cancro da terra... "
Cioran
Na Rua Augusto Rosa à Sé foram brutalmente cortadas três frondosas e seculares árvores sem qualquer propósito...
A Natureza é criminosamente desvastada aos nossos olhos para que os turistas, essa praga inútil que polui o mundo, verem melhor o Museu Romano ou porque as árvores tiravam a luz às estátuas romanas, vestígios de um Império de assassinos, raça de bárbaros invasores. Os mesmos gestos repercutem a inconsciência de um presidente moderdo para quem uma gravata, um carro e uma pompa é mais importante que as árvores que lhe dão oxigénio...
ALFAMA SEM ÁRVORES CORTADAS A SEUS PÉS....
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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