O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, novembro 01, 2003

HISTÓRIA E UTOPIA - O Livro



"Móbil vulgar, portanto eficaz, da inspiração, o ressentimento triunfa na arte que não poderia dispensá-lo - como a filosofia, de resto, não o poderia também: pensar é vingarmo-nos com astúcia, é sabermos camuflar os nosso lados tenebrosos e velar os nossos maus instintos. Se o julgarmos pelo que exclui e recusa, um sistema evoca um ajuste de contas, habilmente conduzido. Implacáveis os filósofos são duros, como os poetas, como todos os que têm alguma coisa a dizer."(...)

E. M. CIORAN

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