O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, novembro 12, 2003





"CRIAR É LEGARMOS OS NOSSOS SOFRIMENTOS, É QUERERMOS QUE OS OUTROS NELES MERGULHEM E OS ASSUMAM, SE IMPREGNEM DELES E OS REVIVAM. O QUE É A VERDADE DE UM POEMA E PODE SÊ-LE NO COSMOS"


"NÃO PODEMOS FAZER-NOS VALER, NEM DESEMPENHAR QUALQUER PAPEL NESTE MUNDO SEM A ASSISTÊNCIA DESTA OU DAQUELA ENFERMIDADE, E NÃO HÁ DINAMISMO QUE NÃO SEJA SINAL DE MISÉRIA FISIOLÓGICA OU DE DESVASTAÇÃO INTERIOR."


EMILE CIORAN
in HISTÓRIA E UTOPIA

Era mais ou menos isto que eu queria dizer hoje ao acordar...
Valeu-me o Cioran

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