O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, maio 09, 2004

" Aliada à ideologia capitalista, e sua cúmplice, a indústria cultural contribui eficazmente para falsificar as relações entre os homens, bem como dos homens com a natureza, de tal forma que o resultado final constitui uma espécie de antiiluminismo".
Theodor W. Adorno

"Out of Eden" by Suzanne Gyseman

Antes ainda da Idade Média, muito antes houve um grave desvio cultural e evolutivo da Humanidade e um sisma que dividiu a Humanidade em duas partes com o domínio do Princípio Masculino sobre o Feminino, e isso nem sequer é tomado em conta nas nossas ideologias e culturas. É daí que resulta a falsificação da relação do homem com a Natureza-Mãe-Mulher. Como poderiam respeitar as forças da natureza se negaram o Feminino?

Enterrado no que se pensa ser a Pré-história está a origem desse sisma e ocultas sociedades igualtárias de harmonia e paz entre os seres. Muito antes das invasões Bárbaras vindas das estepes e cujas estruturas de domínio ainda dominam o Planeta!


LER O "CÁLICE E A ESPADA" - de Riane Eisler

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