O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, fevereiro 04, 2006

"OS PLAY BOYS SOCIALISTAS..."
Liliana Queiroz, Miss Playboy Internacional

UM DIA TINHA O LINK DA "CAUSA NOSSA" E TIREI-O POR ESTAS E OUTRAS SEMELHANTES FOTOS (BEM AUMENTADAS) E PORQUE VI QUE A "ESQUERDA" AFINAL PROMOVE ESTE TIPO DE IMAGENS-TEXTO DA MULHER PARA ANIMAR A MALTA...
CONFESSO QUE NÃO ACHO GRAÇA A ESTA LIBERALIZAÇÃO APESAR DE SABER DA GRAÇA DO JOVEM HUMORÍSTCO...(que um dia até me respondeu colocando uns rapazes bem giros para me contentar...)
EM CONTRAPARTIDA E A GOSTO COLOQUEI UM LINK DE UM BLOG "MAR SALGADO" QUE IMAGINAVA DE "DIREITA" MAS EM QUE LI ESTE TEXTO...(só discordo da palavra "galinheiro" pois me parece que é sobretudo um "galinácio"...



SAMIRA MUNIR, A MALDITA: Não me recordo de se ter falado da morte de Samira cá no galinheiro nem de lhe ter sido dedicada uma página inteira de emocionadas notas biográficas, por uma qualquer jornalista especializada na violência sobre minorias étnicas ou sexuais. Samira Mounir era uma política norueguesa, de origem pasquitanesa, que pregava os direitos das mulheres muçulmanas: morreu em Novembro do ano passado.

Conta Rafia Zakaria, no mui indiano Frontline, que apenas jornais noruegueses noticiaram a sua estranha morte: caiu na linha de um comboio, nos súburbios de Oslo. Samira há muito tempo que era ameaçada pelos cães-de-fila do costume, não obstante ser cidadã norueguesa há mais de vinte anos e ser membro do City Council de Oslo. O crime de Samira, para a comunidade paquistanesa de Oslo ( e não só) , foi o de ter denunciado as pressões que as jovens norueguesas, quase crianças ainda, de origem muçulmana sofrem no sentido de perpetuar a tradição de obediência e subalternidade à retórica do hijab ( o véu islâmico). No verão de 2005, uma publicação Urdu com o título Iblis ki Aulad ( Os Filhos de Satã) e editada pela All Pakistan Muslim Association, dispendia os habituais despautérios sobre a moral ocidental ( neste caso norueguesa), declarando que todas as crianças norueguesas eram "ilegítimas" porque concebidas "aqui e ali".
Esta história não é especialmente nova nem especialmente triste, antes vulgar. Chega a espantar a estupidez de uma Europa que emite directivas sobre os direitos de minorias terrivelmente ameaçadas no sossego de Viena ou de Lisboa, mas que esquece uma geração inteira de habitantes da dar al-harb.


posted by FNV on 4:01 PM #

Sem comentários: