O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

"Com pés ligeiros, assim dançavam noutro tempo
as raparigas de Creta à volta do altar;
frescas eram e frágeis as flores da relva que pisavam"

Safo

O EGIPTO

“Este grande país inventou tudo, desde o nome dos deuses deuses imortais, à escultura, à arte de governar, e agora chafurda na lama das margens do rio que lhe dá vida.
Outrora a maior nação da Terra, é agora uma apenas entre muitas.(…)
Desde que os Egípcios destronaram a grande Mãe Ísis, a Mãe Suprema, a Deusa de que todos os seres surgiram, perderam o poder e desceram até ao nível das outras nações. Todos os países entram em decadência, quando destronam a s suas deusas – este é um segredo que vós, Safo, deveis compreender.”

in Os Amores de Safo
de Erica Jong

Desde que a Deusa Mãe foi destronada na Terra, o Mundo entrou em perfeita decadência. E as mulheres, outrora sacerdotisas e respeitadas como mães, irmãs e amantes, passaram a ser prostitutas ao serviço do patriarcalismo…
Antes as mulheres eram sábias, curandeiras e parteiras, poetisas e musas, depois foram perseguidas pela Igreja como “bruxas” e hoje são aínda prostituídas, espancadas ou mortas pelo marido…

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