O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, abril 13, 2006

«Sou pagã e anarquista, como não poderia deixar de ser uma pantera que se preza...» Florbela Espanca




EU NÃO ACREDITAVA, MAS AFINAL É VERDADE...

"Novos pecados entram nas confissões dos católicos

Passar demasiado tempo a ler jornais, ver televisão ou a navegar na Internet pode ser considerado pecado com a obrigatoriedade de ser confessado. O Vaticano recupera, assim, um ritual do passado com uma lista de novos pecados, sinal dos novos tempos."


( 23:47 / 12 de Abril 06 )

NESTE MOMENTO EU E VOCÊ ESTAMOS EM PECADO...
A NOVA INQUISIÇÃO ESTÁ EM MARCHA!



SALVEM-NOS OS POETAS DESTA ABERRAÇÃO...

"Desde o meio do século dezoito que uma doença terrível baixou progressivamente sobre a civilização. Dezassete séculos de aspiração cristã constantemente iludida, cinco séculos de aspiração pagã perenemente postergada – o catolicismo que falira como cristismo, a renascença que falira como paganismo, a reforma que falira como fenómeno universal. O desastre de tudo quanto se sonhara, a vergonha, de tudo quanto se conseguira, a miséria de viver sem vida digna que' os outros pudessem ter connosco, e sem vida dos outros que pudéssemos dignamente ter.

Isto caiu nas almas e envenenou-as. O horror à acção, por ter de ser vil numa sociedade vil, inundou os espíritos. A actividade superior da alma adoeceu; só a actividade inferior, porque mais vitalizada, não decaiu; inerte a outra, assumiu a regência do mundo."

O Livro do Desassossego

(Composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa)

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