O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, abril 13, 2006


Querida amiga: como sabes, não tenho o sentido de propriedade comum. Estamos todos ligados (a net é uma interessante replica desse facto) e eu só te posso agradecer que divulgues no teu muito visitado site um ou outro "pulsar" da ORDEMNASCENTE, para que mais gente a conheça.
Gostei da sinceridade da carta que publicaste, meio eivada de um desespero subterrâneo. A amiga a quem a escreveste entendeu o que querias dizer?
Aquele abraço Mariana


Mariana Inverno | Email | Homepage | 12-04-2006 20:33:00

Obrigada Mariana. Também assim o entendo, mas há sempre quem queira fazer sua alguma coisa... Apesar de ser polémica esta questão da posse, na "arte" vem a tal questão da ética e da propriedade privada, os direitos de autor, etc. dentro deste mundo do deus pai...Enquanto que com a Deusa Mãe o respeito é amor e partilha, é servir um propósito de Conciência, mas admito que nem todos temos o mesmo espírito...Falta de Princípio...Feminino...

Quanto à carta não sei se a minha amiga a entendeu tão bem como tu...
Um abraço e até breve.


R.Leonor

P.S
Excelente este texto de Almada Negreiros que colocaste ontem, sobre a ingenuidade...não resisti a chamar à sua atenção.

(...)"Porque na ingenuidade tudo é de ordem emocional. Tudo. O que não acontece com as outras espécies de conhecimento onde tudo é de ordem intelectual. Na ordem intelectual é possível reatar um caminho que se rompeu. Na ordem emocional, uma vez roto o caminho, já nunca mais se encontrará sequer aquela ponta por onde se rompeu.
O conhecimento é exclusivamente de ordem emocional, embora também lhe sirvam todas as pontas da meada intelectual."


ALMADA NEGREIROS, Ensaios
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