Algum dia voltarei à ideia de que as ideias são uma doença.
Camilo José Cela
ROSAS EM ABRIL...
Juliana:
Compreendo o seu grito...a nossa luta interior com os limites que nos parecem impostos, mas é como se as cercas que nos rodeiam fossem feitas para darmos saltos ou voar acima delas...Leva muito tempo na vida a perceber que temos asas invisíveis...
Hoje, em Portugal, comemora-se o 25 de Abril...é verdade e indiscutível que houve uma liberdade fundamental que foi instaurada, esta a de podermos dizer bem alto o que nos vai na alma e no coração, mas de resto, a ignorância é tanta assim como o egoísmo e a mentira...Os Governos continuam cegos e as ideias são só ideias. Não há revoluções que nos façam a nós melhores senão o trabalho permanente ao nível da nossa consciência interior para vencermos o "inimigo" que é sempre a nossa Sombra que não integramos...
Se o Mundo está mal é porque os seres humanos há milénios olham uns para os outros como culpados ou inimigos - entre o deus e o diabo que inventaram - e afinal não vêm que é cada ser humano que tem de evoluir em si mesmo e não a sociedade, coisa abstracta...
Claro eu sei a fome e as injustiças, as desigualdades, mas olhe, os ideais que fizeram mais sangue, criaram mais monstros do que seres livres...é de Leste que vêm as Mafias e onde se explora e viola mais as mulheres...
Muitos beijinhos para si e para o Teo...
Você pode ser a Mãe que o salva a ele do erro dos outros homens ao ensinar-lhe que o céu e o inferno estão dentro dele e é só ele que tem de fazer a sua escolha, mas antes tem de ser você mesma a realizá-lo para poder ser o exemplo vivo de paz e harmonia que tanto anseia para o mundo!
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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