O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
AS FORÇAS DO MEDO
POR DETRÀS DAS RELIGIÕES,
..."por detrás da política, por detrás da autoridade, por detrás do Estado, por detrás das instituições, por detrás de tudo quanto existe de mais sólido, honesto e nobre, alojam-se a força e o medo. Percebo que as instituições são a energia congelada, são sonhos ensanguentados, e que a ideologia é sempre ameaça de morte."
FRANCESCO ALBERONI,
As Nascentes dos Sonhos, Bertrand Editora, 2000
Quem mais sofreu e foi vítima desses medos, do abuso da autoridade, dos dogmas e dos credos seculares, foram as mulheres! As mulheres foram o alvo e a vítima preferencial das instituições...a ameaça de morte por uma razão ou por outra sempre recaiu sobre as mulheres mais do que sobre os homens...
As mulheres foram sempre as primeiras vítimas das guerras e dos ódios, entregues às mãos dos inimigos para defender os homens do clã, como narração bíblica actual...entregues como reféns ou como partidos, foram dadas por reis e pais como concubimas, escravas ou simplesmente trocadas por uma vaca como na India...
As mulheres são as principais cobaias e suportes da Igreja católica, perseguidas e torturadas por algoses fanáticos há pouco mais de um século - A Inquisição da qual o actual Papa é ministro ainda que camuflado - tratadas hoje como inferiores e excomungadas, votadas ao descrédito, mantidas na alçada dos padres pelos sermões absoletos e repressivos da liberdade individual e consciência feminina.
Aos padres e à Igreja devemos o medo secular e o atrazo das populações do interior, a ignorância e preconceito das mulheres os ódios entre si a divisão da mulher em duas...
A Igreja dividiu a mulher em duas - a santa e a puta - para a poder dominar e reinar, alimentando os vampiros que são os padres que viveram do seu sangue e hoje ainda à sua conta. Se não houver medo nem pecado e este incide muito particularmente sobre a mulher pobre e ignorante "temente a deus", a Igreja de Roma deixa de ser o Império de medo e da mentira que sustenta há milénios!
Para dizer isto que digo tive de vencer eu mesma o meu medo ancestral das agoirentas aves de rapina que são em geral os padres e os seus algozes!
Se este País salazarento profundo e católico acordasse, se as mulheres do meu País sonhassem o sonho da sua grandeza e dignidade, nenhuma mulher mais seria humilhada, violentada ou condenada às suas grades, sejam elas de ferro ou psico-socias ou "morais".
Um dia a MULHER será resgatada e a Mãe respeitada na sua totalidade!
rlp
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