O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

MECANISMO DA UTOPIA

REFLICTAMOS...

"Reflictamos nos efeitos do cristianismo durante os seus começos: vibrou um golpe fatal na sociedade antiga, paralisou-a e pôs-lhe fim; em contrapartida, foi uma benção para os Bárbaros, cujos instintos se exasperam em contacto com ele. Muito longe de regenerar um mundo decrépito, só regenerou os regenerados. Da mesma maneira, o comunismo “constituirá”, no imediato, apenas a salvação daqueles que já estão salvos; não poderá trazer qualquer esperança concreta aos moribundos, e menos ainda reanimar os cadáveres"

MECANISMO DA UTOPIA - E. Cioran

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