"o regresso ao misterioso útero da Grande Mãe
e à sua água da vida."
Erich Neumann
Voltarei em breve à normalidade da minha página e à Mística da mulher, ao Feminino Sagrado.
Durante este periodo eu só quis mostrar que na realidade a mentalidade dos homens, o atrazo cultural do país e a influência perniciosa dos padres, continuam a manter a mulher cativa da ignorância, dos seus dogmas, preconceitos e ódios, desprezada e abandonada ao seu sofrimento sem que na verdade o Estado e as Instituições se importem muito com a mulher em si, mas apenas como "barriga de aluguer" e objecto sexual...
Não direi muito mais...ganhem os do não à despenalização que a querem ver humilhada e entre as grades - é absolutamente impressionante como os homens desprezam as mulheres! - ganhem os do SIM, mais humanos e idealistas, o que é facto é que a mulher continuará descriminada e desprezada se ela própria não acordar para si mesma e para a sua totalidade (unir as duas mulheres em si) e não redimensionar o seu Ser ao nível do Sagrado.
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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