Mulheres que eu amo com um des-
espero fulminante, a quem beijo os pés
supostos entre pensamentos e movimento.
Cujo nome belo e sufocante digo com terror,
com alegria. Em quem toco levemente
levemente a boca brutal.
Há mulheres que colocam cidades doces
e formidáveis no espaço, dentro de ténues pérolas
Que racham a luz de alto a baixo
e criam uma insondável solidão
Herberto Helder
(excerto de poema)
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