O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, novembro 16, 2007

AS MÃES...a nossa coluna vertebral...



Penso na ferida entre mães e filhas. Perpetuada de gerações em gerações. Vi isso ontem bem espelhado, nas mulheres que se buscam e buscam o consolo da mãe e da irmã que lhes faltou...vejo isso todos os dias nos dramas de tantas mulheres e homens, mal amados, inseguros, revoltados ou carentes...

Penso na dor das mulheres ao longo dos séculos...nas suas feridas, na sua falta de amor e como dar amor e dar à luz ou criar filhos sem esse reconhecimento do seu ser profundo, dessa matriz divina, nesse desprezo secular ou abuso da sociedade dos homens pelo ser mulher. Penso em como a mulher foi forçada e é ainda a obedecer aos patrões, pais, irmãos e maridos, em tantas partes do mundo, escrava dos conceitos e preconceitos religiosos, exposta nua nos comerciais ou de cara tapada, envolta em trapos negros e inacreditavelmente ainda prostituída ou traficada, na nossa cara, vinda dos países mais pobres e que vive ao nosso lado e nós nem sonhamos a que está sujeita...a servir sexualmente pela força (14 ou mais) homens que são quem sabe os nossos filhos, maridos e vizinhos...
Há tão pouco tempo a revolta das "mães de bragança" contra as brasileiras dos bares de alterne...e que em vez de as odiar a querer expulsar, as deviam acolher como irmãs na desgraça e no equívoco... pois podiam ser suas filhas e irmãs...e são-no e somos todas irmãs, filhas da Grande Mãe Terra e por isso divididas e perseguidas pelo patriarcado, há centenas de anos, pela misoginia dos padres e a prepotência dos patriarcas, que as dividiu assim mesmo, deliberadamente, entre a puta e a santa, uma na rua ou nos bares a outra em casa ou na igreja para melhor as dominar.

Porque se continua a querer fingir que nada disto é verdade, que isto é ridículo e as próprias mulheres se sentem mal e disfarçam, e toda a gente a querer ocultar esta terrível realidade do mundo de hoje, escamoteando-se os factos, disfarçando as estatísticas, dando notícias breves sobre a violência doméstica e o abuso sistemático das mulheres?

As ideologias passaram de moda, as lutas de classe, mas existem sistemas de controlo camuflado mais subtis e o mundo continua mais do que nunca sob o domínio das mafias e grupos de poderosos que dominam as economias os bancos e os governos. Não há já nenhuma justiça social e as massas são totalmente alienadas de todas as causas profundas vivendo com um só propósito o de defender um sálario miserável obtido a ferros perante a vergonhosa manipulação de milhões e milhões de euros gastos e desperdiçados na ignóbil mentira que é a política em si - as suas assembleias e votos - e a guerra, os polícias, os exércitos de parasitas que toda a gente paga enquanto vive como carneiros. Carneiros enjectados de medo de perder o carro e a casa...com o pavor das doenças criadas artificialmente, a drogarem-se de químicos com medo do vizinho, medo do "terrorismo" do sistema manipulatório das consciências, fechados em casa a ver televisão, adormecidos por programas viciados de ódio e terror...para acentuar o seu próprio medo dos outros e o ódio. E em que é tantas vezes patente o ódio à mulher...

Sair deste terror imprimido pelos midea, fiel aos sistemas do culto do medo e do terror, só a Consciência do Feminino Sagrado e o Amor da Deusa Mãe, através do amor das mulheres poderá ainda salvar esta humanidade doente, este Planeta ferido de morte...

"As nossas colunas estão rachadas pela base, porque tivemos infâncias difíceis, ou porque fomos parar a uma estúpida de uma incubadora e alguém desligou o interruptor, ou porque foi violado aos 4 anos, ou porque o pai tinha um complexo de autoridade... a pessoa não se esquece! Esta coluna psicológica está toda em ruínas mas se um indivíduo consegue sentir o perfume, atravessar estas malhas todas, isso implica uma câmara. Neste momento ninguém se consegue perceber a si próprio se não for para dentro de uma cápsula."A.L.


PORQUE TODOS PERDEMOS A MÃE, PERDEMOS O VENTRE SAGRADO DA MÃE, GERADOS NA INFÂMIA E NA AGRESSÃO, NASCEMOS TODOS SEM ESSE AMOR E PROTECÇÃO UTERINA ESTAMOS TODOS CONFUSOS E NÃO NOS CONSEGUIMOS ENCONTRAR A NÓS PRÓPRIOS...RLP

1 comentário:

Anónimo disse...

olá querida rosa.

bem vinda de sua viagem, assim que puder, fale mais de suas experiências e sentimentos trazidos do egito...

cada uma de nós carrega uma imagem e um papel nesta sociedade masculina. ser casada e mãe tem pesos específicos como ser solitária, excêntrica, doente ou velha. todas nós temos rótulos e isso nos irmana. lutar contra outras mulheres é ignorar a coroa e o véu que brilha na cabeça de todas nós.

a mãe dentro do patriarcado apenas reproduz soldados. o melhor que consegue fazer, é instilar alguma consciência, alguma sensibilidade à criança, uma semente de rebelião... minha essência talvez jamais seja vista. e assim é com todas nós: os homens não nos vêem. estamos infiltradas no 'inimigo'. e como tal, a primeira coisa a fazer, é não se enganar com os rótulos que eles nos dão. um grande abraço.