O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, novembro 09, 2007

MEMÓRIAS VIVAS..


Voltar devagar...pois ainda não digeri os dias trepidantes vividos por extenso em lugares de memória e ressonância vibratória.

Mal cheguei a Saqqará a minha alma desatou em pranto...

Senti o sopro sagrado do lugar que me fez respirar o ar mais doce e puro que jamais na minha vida respirei, como se tivesse finalmente regressado a casa depois de séculos ou milénios de ausência...Um ar acariciador, reconhecido do fundo do meu coração, deu-me novo corpo e alma...

Assim, o meu corpo tornou-se leve como uma pena e como se levitasse senti-me a caminhar na eternidade face à magnificência serena e secreta do lugar de iniciação dos Velhos Mistérios...o meu coração ardia em fogo e dos meus olhos as lágrimas cairam e fundiram-se com a Terra Amada, agora profanada e entregue aos usurpadores...

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