"Há em tudo um sentido para além da beleza: e que sinto ainda não consegui desvendar por fraqueza minha, falta de concentração. Parece que o mistério está ali, indefeso, prestes a rebentar, a dar-se, e que a culpa de sua negação é só minha.
Talvez que a beleza seja assim, transcendente. Contendo em si um sentido que não lhe pertence. Mistério que sinto para além do meu poder e que faz a dor da sua contemplação. A inatingível. Dura impossessão.
Talvez que ela seja aqui o único porto de abrigo. Mas aberto somente através dosofrimento. Porque a beleza é pungente.
E é esta a única marca da sua verdade."
in A cidade e o rio de Dalila Pereira da Costa
2 comentários:
Se olharmos a Beleza com os olhos da carne,ela é realmente efêmera;a duração de uma flor,da infância,da juventude,da primavera;mas se olharmos com os olhos do espírito,a Beleza é eterna;na folha seca que tomba ao vento,no ciclo das estações,do nascimento à velhice do homem.Basta ter "olhos" para enxergar.A Beleza não está aqui,não está lá,ela está sempre no olhar de quem a vê.
A propósito,dê uma olhada no meu post
http://wwwjaneladaalma.blogspot.com/2009/02/gosto-das-mulheres-que-envelhecem.html
Abraços
Tem toda a razão, concordo inteiramente consigo, mas quando nos toca a nós, no meu caso que me vejo já a envelhecer,custa-me a aceitar apesar de toda a preparação e consciência disso...
É tempo de olhar para dentro e ver a beleza na sua origem...
Obrigada pelo seu comentário. Eu já tinha lido o seu poste na altura que o publicou!
Um abraço grande
rleonor
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