O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, junho 02, 2018

O lado diabólico da posição servil das mulheres


DEIXO AQUI DE NOVO ESTE EXCERTO DE UM LIVRO QUE É POLÉMICO E DEMASIADO CONFRONTATIVO...fácil de provocar muitos sentimentos e reacções...
Ninguém é obrigada a concordar...mas ele pode explicar muitas coisas que não se entendem à LUZ DA "CIÊNCIA" E DA PSICOLOGIA...!



— O lado diabólico da posição servil das mulheres é que ele não parece ser simplesmente um ditame social — disse ela —, mas um imperativo biológico fundamental.

— Espere um momento, Clara — protestei. — Como você chegou a essas conclusões?

Ela explicou que cada espécie possui um imperativo biológico para perpetuar-se, e que a natureza proporciona instrumentos para assegurar a fusão das energias masculina e feminina da maneira mais eficiente. Disse que, na esfera humana, conquanto a função primordial da relação sexual seja a procriação, ela também tem uma função secundária e velada, que é assegurar o fluxo contínuo de energia das mulheres para os homens.

Clara enfatizou tanto a palavra "homens" que tive de perguntar:

— Por que você diz isto como se fosse uma avenida de mão única? O ato sexual não é uma troca uniforme de energia entre homem e mulher?

— Não. Negou ela enfaticamente. — Os homens deixam linhas energéticas específicas dentro do corpo das mulheres. Assemelham-se a tênias luminosas que se movimentam no interior do útero, sugando energia.

Isso me parece definitivamente sinistro — comentei ironicamente.

Ela prosseguiu com sua exposição em total seriedade. Elas são colocadas ali por uma razão ainda mais sinistra — falou, ignorando minha risada nervosa —, que é assegurar o suprimento constante de energia para o homem que depositou essas linhas energéticas. Estas, estabelecidas através da relação sexual, recolhem e roubam energia do corpo feminino, a fim de beneficiar o homem que as deixou ali.

Clara falou com tanta certeza que não consegui gracejar e tive de levá-la a sério.

— Não que eu aceite por um instante sequer o que você está dizendo, Clara — falei —, mas, só por curiosidade, como chegou a uma conclusão tão despropositada? Alguém lhe falou disso?

— Sim, meu mestre me falou a respeito. A princípio também não acreditei nele — admitiu ela —, mas ele também me ensinou a arte da liberdade, o que significa que aprendi a ver o fluxo da energia. Agora sei que estava certo, pois posso ver os filamentos semelhantes a vermes nos corpos femininos. Você, por exemplo, possui vários deles, todos ainda ativos.

— Digamos que seja verdade, Clara — concedi, inquieta. — Apenas para continuar com o debate, permita-me perguntar-lhe por que isto seria possível? Este fluxo de mão única da energia não seria uma injustiça com as mulheres?

— O mundo inteiro é injusto com as mulheres! — exclamou ela. — Mas o problema não é esse.
— Qual é o problema, Clara? Acho que não percebi.
— O imperativo da natureza é perpetuar nossa espécie. Para assegurar isto, as mulheres têm de carregar um fardo excessivo em seu nível energético básico. O que significa um fluxo de energia que sobrecarrega as mulheres.
— Mas você ainda não explicou por que deve ser assim — insisti, já começando a oscilar com a força de suas convicções.
— As mulheres são o alicerce para a perpetuação da espécie humana — replicou Clara. — Grande parte da energia provém delas, não apenas para gestar, dar à luz e nutrir sua prole, mas também para assegurar que o homem represente seu papel em todo esse processo.

Clara explicou que, teoricamente, esse processo assegura que a mulher alimente seu homem energeticamente através dos filamentos deixados por ele dentro do seu corpo, de modo que o homem se torna misteriosamente dependente da mulher em nível etérico. Isto fica claro na atitude evidente do homem que retorna repetidas vezes para a mesma mulher, a fim de manter sua fonte de sustento. Deste modo, disse Clara, a natureza possibilita aos homens, além do impulso imediato de gratificação sexual, estabelecer vínculos mais permanentes com as mulheres.

— Esses filamentos energéticos, deixados nos úteros das mulheres, também se fundem com a composição energética do filho, caso ocorra a concepção — acrescentou Clara. — Este pode ser o rudimento dos laços familiares, pois a energia do pai se funde com a do feto e permite ao homem sentir que o filho é seu. Estes são alguns fatos da vida que a mãe nunca conta à filha. As mulheres são criadas para serem facilmente seduzidas pelos homens, sem terem a menor idéia das conseqüências do ato sexual em termos do escoamento energético produzido em cada uma delas. Esta é minha opinião e é isto que não é justo.


A Travessia das Feiticeiras, de Taisha Abelar

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