O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, junho 24, 2018

QUE SEXUALIDADE SE VIVE HOJE EM DIA?




E O QUE SIGNIFICA ESTA ABERRAÇÃO  DE QUERER ACABAR COM OS GÉNEROS:

Há tempos ouvi uma jovem escritora a falar do seu recente livro que escreveu sobre um casal homossexual dizendo que quis mostrar que um casal homossexual passava pelas mesmas vicissitudes de um casal heterossexual...como se isso acrescentasse alguma coisa à consciência do ser humano (homo-sexualis?) e não passasse de mais uma história superficial sobre os aspectos exteriores da vida de um casal (par hétero ou homo) no enredo típico do casamento em que apenas se equacionam questões de ordem social-económica e emocional ou sexual em primeiro plano, como se a vida fosse apenas esse enredo doméstico e sem qualquer aprofundamento da questão ou questionamento sobre o ser em si ou da alma. Justamente porque a alma nem sequer entra para o caso...

Nas suas palavras ela falava do homem, como homem e dizia que no livro, "Não só mostrava que tinha uma certa maturidade, mas era a questão de ser um homem. Portanto, eu teria uma escrita masculina. Ou, então, abordei uma temática de forma masculina. Ou tinha um nível de qualidade só atingido por um homem. Não sei, não faço ideia. Mas acho que foi uma pequena traição que cometi em relação às mulheres nesse dia, porque fiquei feliz." felipa martins

Pois aí está o absurdo e uma enorme contradição na mulher... sendo obviamente a grande maioria homens que querem ser mulheres...o inverso também é verdade, há mulheres que gostavam de ser homens; e por isso até se dispõem, para mudar de sexo, a fazer operações, porque não se sentem no corpo certo? Mas haverá alguém que se sinta totalmente bem e no corpo certo?

Esta questão da mudança de sexo é só mais uma sofisticada e perigosa manobra de não se querer conhecer a si mesmo para além do corpo-sexo e recusar ou ignorar uma identidade anima e espiritual. Trata-se também de uma enorme confusão psicológica por falta de um conhecimento ontológico e da pessoa humana.

Par mim é o facto de o feminino estar a manifestar-se como força emergente e dentro de cada pessoa, inclusive nos homens, que leva muitos homens a sentirem-se mal no corpo de homem mas isso não tem que os transformar em mulheres, nem de aparência nem de sexo. A feminilização do mundo, uma maior receptividade, compaixão e amor, não quer dizer que os géneros acabem, mas trata-se apenas de dar maior ênfase aos valores do feminino, há séculos em queda, para restabelecer o equilíbrio e a harmonia dos dois Principios. E é precisamente a falta desse feminino ontológico no homem e na mulher, essa falta de dimensão espiritual, que causa uma das grandes anomalias do nosso tempo: A mudança de sexos feita de forma aberrante através de meios técnicos e intervenção cirúrgica e quimicos...que não é mais do que uma forma quase criminosa de escamotear ou ignorar questões de primeira ordem, como seja uma verdadeira consciência do Ser Humano em essência, nem macho nem fêmea, e a crescente e galopante desumanização e perda de valores das pessoas manipuladas pelos média em função do dinheiro e do consumo.


Escrever sobre a homossexualidade, como variante do conflito dos sexos, que visa a definição de um aspecto diria secundário do ser, a sua sexualidade baseada na aparência, é um falso problema, dentro de uma perspectiva ontológica e universal, não meramente cultural e social, vendo o Ser Humano na sua totalidade integrada: corpo-alma e espírito - e não apenas nas suas partes constituintes, em separado, como funções biológicas e orgânicas e reprodutoras - pois não faz mais do que acentuar esta dicotomia do ser em si, invertendo os princípios (anima-animus) sem resolver a questão essencial dos dois lados em cada um dos sexos: macho-fêmea em si foi o Ser Humano criado.
Precisamos perceber antes de mais “que a masculinidade e a feminilidade são sempre relativos nos planos internos, e tal como o vigor físico dos indivíduos que formam um par oscila num sentido ou noutro, o mesmo se pode dar com a sexualidade; assim, um homem pode ser puramente masculino em suas relações com uma mulher e puramente feminino, ou negativo, em suas relações com outra. A forma determina o sexo do indivíduo no mundo físico, porém a força relativa é a que determina nos planos internos; e este facto serve de chave para muita coisa”.

Assim a resposta humana só do ponto de vista social e física (baseado na forma e na aparência) à questão sexual é a negação da androginia psíquica e estrutural de todos os seres humanos ao nível ontológico e não ao nível morfológico e psicológico que é condicionado pela educação e a moral...

O amor entre os seres humanos não é meramente do foro da sexualidade, mas também da química e diria até de uma energia quântica que eleva a consciência do ser muito para além do prazer tout court ou da procriação. O Amor Humano pode ser iniciação, iluminação e acesso a outra dimensão do ser, não material, não física, quando experiência vivida e não idealizada ou intelectualizada.

É mais fácil criar sub mundos e guetos do que olhar as questões de Principios e de fundo que se prendem com a perda do feminino ontologico e do sagrado no mundo e que se reverteu na masculinização da mulher e feminização do homem e como as relações humanas e sexuais se tornaram apenas ou de comercio/consumo e meramente genitais e sem sentimentos...

O Ser Humano, homem e mulher, é chamado neste milénio a viver como um todo indivisível e não como um fragmento de um outro imaginado, não importa que “sexo” represente...


Quando a Mulher for encarada como uma totalidade em si, - não mais dividida em duas espécies de mulher (a santa e a puta) - o Homem também A reconhecerá dentro de si e a sexualidade por si só deixará de ser apanágio de uma cultura decadente e promiscua que reinou no obscurantismo e na confusão do “pecado” durante séculos, expressando uma genitalidade apenas para se afirmar depois em meio século, numa degeneração e libertinagem que nada tem a ver com a sacralidade do mesmo.


Sexo pode e deve ser iniciação ao Amor, não prática desregrada e deslocada do sentido da alma e do coração. Não se ensina a sexualidade às crianças, mas respeita-se a Mulher e a Mãe. Depois a Natureza do Amor encarrega-se do resto. Para isso a sociedade tem de ser equilibrada e harmoniosa o que só se consegue quando Homem e Mulher coabitarem em paz e em harmonia viverem esses aspectos, dentro de si mesmos. Para isso tem que abrir-se ao Amor universal cuja Sede se encontra no centro do seu coração. Ouvir o coração é o que nos resta. Só ele nos poderá orientar no caos deste fim de mundo em ebulição...em que a destruição do ser humano enquanto homem e mulher estão a ser destruídos e a origem da espécie posta em causa na assumpção de géneros e transgeneros...na criação de seres hibritos mais perto de monstros do que de seres humanos em harmonia...Quando a biologia é afectada e transformada deste modo pelos químicos de laboratório e pela "ciência" médica algo está em plena decadência e o perigo é total para a Humanidade.


rosaleonorpedro

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