O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, junho 22, 2018

PORQUE A BELEZA É PUNGENTE



ALÉM DA BELEZA...


"Há em tudo um sentido para além da beleza: e que sinto ainda não consegui desvendar por fraqueza minha, falta de concentração. Parece que o mistério está ali, indefeso, prestes a rebentar, a dar-se, e que a culpa de sua negação é só minha.
Talvez que a beleza seja assim, transcendente. Contendo em si um sentido que não lhe pertence. Mistério que sinto para além do meu poder e que faz a dor da sua contemplação. A inatingível. Dura impossessão.
Talvez que ela seja aqui o único porto de abrigo. Mas aberto somente através do sofrimento. Porque a beleza é pungente.
E é esta a única marca da sua verdade."*

«Dentro do nosso corpo material ... existe um corpo espiritual que se ergue e conhece dentro de nós, quando sonhamos ou quando, na vigília, atingimos um momento de suprema contemplação ou iluminação... "

«Será neste futuro alargamento de nosso mundo conhecido e vivido, que devemos depositar toda a esperança para uma vera sabedoria e liberdade."**


*DALILA PEREIRA DA COSTA,
 in "A Cidade e o Rio"
**Dalila pereira da costa
Portugal Renascido

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