O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, outubro 08, 2018

AQUILO QUE HOMENS E MULHERES NÃO QUEREM VER...


Uma NOTA só -  nem sempre concordo com a autora citada nem com tudo o que diz ou escreve, mas há questões muito fundamentais que ela denuncia com grande acutilância e que é de ter em conta...No caso destes excertos do livro concordo em absoluto: o sexo e a sexualidade não mudou nada desde a barbárie…as feminista iludiram as mulheres de que estas eram livres e podiam ser como os homens e nada lhes seria infligido...
rlp

in MULHERES LIVRES HOMENS LIVRES - Camille Paglia 


"Lutamos pela liberdade e pela igualdade sexual a todos os níveis. Mas à medida que o tempo foi passando a realidade nua e crua sobrepôs-se. O velho principio de dois pesos e duas medidas protegia as mulheres. Quando tudo é permitido, são as mulheres que ficam sempre a perder.

As jovens de hoje não sabem o que querem. E sentem que o feminismo não trouxe felicidade sexual. As manifestações de violência publica relacionadas com a violação em encontro amoroso são um modo de recuperarem as velhas normas sexuais que a minha geração tinha destruído. Porque de facto nada sobre os sexos mudou realmente muito. 
(...)
O feminismo ao cobiçar o poder social, é cego em relação ao poder cósmico e sexual da mulher.
Para entender a violação, é necessário estudar o passado. Não houve nem nunca haverá harmonia sexual. cada mulher deve ser responsável pela sua sexualidade, a chama vermelha da natureza. Deve ser prudente e cautelosa aos sítios onde vai e com quem sai. Quando comete algum erro, deve aceitar as consequências e fazer auto-critica, exigindo de si mesma nunca mais voltar a cometê-lo.
 (…)
A única solução para os casos de violação em encontros amorosos é a plena consciência que a  mulher deve ter de si própria e o auto-controlo. A principal linha de defesa de uma mulher é ela própria. Quando ocorre uma verdadeira violação deve comunica-la a policia. 
(…)
É absolutamente necessário lutar para que as mulheres percebam que são RESPONSÁVEIS, que a sexualidade lhes pertence. Elas tem um poder enorme sobre a sua sexualidade. Só depende delas usá-lo correctamente e serem sensatas quanto aos sítios que frequentam e em relação ao que fazem. E é devido a esta atitude que me acusam de ser "anti-mulheres"? Porque estou a restituir o bom senso ao discurso sobre a violação?"

in MULHERES LIVRES HOMENS LIVRES - Camille Paglia

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