O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, outubro 14, 2019

ESCUTAR O SILÊNCIO




A ESCUTA INTERIOR

"Penetramos numa história pela porta da escuta interior. A história falada toca no nervo auditivo, que atravessa a base do crânio até chegar ao bulbo do cérebro logo abaixo da ponte de Varólio. Ali, os impulsos auditivos transmitidos para cima para o consciente ou, segundo dizem, para a alma... dependendo da atitude de quem ouve.

Antigos anatomistas falavam de o nervo auditivo dividir-se em três ou mais caminhos nas profundezas do cérebro. Eles concluíram que o ouvido devia, portanto, funcionar em três níveis diferentes. Um deles seria o das conversas rotineiras da vida. Um segundo seria dedicado à aprendizagem e à arte. E o terceiro existiria para que a própria alma pudese ouvir orientações e adquirir conhecimentos enquanto estivesse aqui na terra." Clarissa Pinkola Estés

Talvez esse arrebatamento seja possível quando deixamos entreabertas as janelas da alma.


O SILÊNCIO DA MULHER


"Às vezes penso que a mulher tem muito mais poder através do silêncio. Não digo do silêncio da vítima, do silêncio por não ter capacidade de expressão ou outra que a impossibilita. Menciono um outro tipo de silêncio que trabalha activamente nos bastidores e direcciona as situações ou os acontecimentos. Isto parece-me paradoxo, no entanto quase que às vezes tenho essa leve percepção que a mulher detêm muito mais poder através desse silêncio que ainda não foi consciencializado. A mulher inspira medo devido ao seu poder de olhar qual lente macro para determinada coisa, contrário, o homem inspira medo devido ao seu carácter, o de posse sobre as coisas. Mulher que se dá e entrega, o homem terá que a aceitar porque lhe vampirizará a força interna em beneficio de si mesmo. Vejamos as situações em que mulheres com carisma, quando casaram viraram sombra de si mesmas, enquanto eles se tornaram homens de força e cujo charme pessoal aumentou..."  nsseeao - Ana M. Fernandes

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