“No patriarcalismo ocidental, os homens tentam submeter o campo feminino e o mundo material às suas capacidades e hegemonia": dominar, escravizar, possuir e violar…
Isso está expresso nas relações de força entre homem e mulher e “Quando a relação homem-mulher se desequilibra, então a relação humana com a natureza também se desequilibra de maneira perigosa."
Os homens "tratam a Terra como a sociedade trata a mulher. Na minha opinião, a crise ambiental do Ocidente baseia-se em modelos de relacionamento."
O MEDO DA MULHER...
"O CORPO FEMININO É O LABIRINTO ONDE O HOMEM SE PERDE"
“Os ciclos da natureza são os ciclos da mulher. A feminidade biológica é uma sequência de retornos circulares, que começa e acaba no mesmo ponto. A centralidade da mulher confere-lhe uma identidade estável. Ela não tem que tornar-se, basta-lhe ser. A sua centralidade é um grande obstáculo para o homem, cuja busca de identidade é bloqueada pela mulher. Ele tem que se transformar num ser independente, isto é, libertar-se da mulher. Se o não fizer acabará simplesmente por cair em direcção a ela. A união com a mãe é o canto da sereia que assombra constantemente a nossa imaginação. Onde existiu inicialmente felicidade agora existe uma luta. As recordações da vida anterior à traumática separação do nascimento podem estar na origem das fantasias arcádicas acerca de uma idade de ouro perdida. A ideia ocidental da história como movimento propulsor em direcção ao futuro, um desígnio progressivo ou providencial que atinge o seu apogeu na revelação de um Segundo Advento, é uma formulação masculina. Não creio que alguma mulher pudesse ter concebido tal ideia, já que a mesma é uma estratégia de evasão em relação à própria natureza cíclica da mulher, na qual o homem teme ser aprisionado. A história evolutiva ou apocalíptica é uma espécie de lista de desejos masculinos que desemboca num final feliz, num fálico cume”*
*In Personas Sexuais de Camille Paglia
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