O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, março 14, 2020

O mundo vai ficar em standby.



Que mensagem o Universo está a passar-nos com o Coronavirus?

A ciência traduz a língua do Universo e o simbólico interpreta-a.

O Coronavirus é uma infeçao respiratória que afeta os nossos pulmões, em termos energéticos corresponde ao nosso chakra cardíaco. O chakra cardíaco lida com o equilíbrio das nossas emoções, com o amor que nutrimos por nós próprios e pelos nossos. O seu desenvolvimento para a escala mundial está a lembrar-nos da interligação que nos une, além fronteiras.


O Coronavirus não veio para ativar os nossos medos, nem para despertar ódios ou desconfianças. Ele veio para te mostrar o que te torna Humano e para olhares para as tuas emoções, pois se o milénio 1000 foi marcado pelo patriarcado e pela racionalidade que se manifestaram pela verticalidade das construções, por uma História escrita e liderada por homens, pela descoberta e expansão do Ego; o novo milénio apela para o matriarcado, dando mais ênfase à sensibilidade, à criatividade e ao papel da mulher, estudando e olhando para as emoções e o inconsciente constitutivo de cada um de nós.

A própria forma do vírus em forma de coroa simboliza essa transição de eras: a coroa, o rei, os reinos conquistados e derrotados ao longo da era patriarcal. O rei que simboliza a autoridade, o poder que foi sendo impostos ao povo. O rei que representa o absolutismo e o egocentrismo do qual todos nos tornamos escravos. É essa Coroa que se aglutina ao nosso chakra cardíaco e nos pede para tratá-la. E para vencê-la, a melhor guerra é pelo isolamento e recolhimento.

Os incêndios florestais da Amazônia foram já um indício. Recorda-te: foi relatado como o incêndio do “pulmão” da Terra. O fogo simbolizava a transmutação das energias e das emoções que a humanidade carregava no seu chakra cardíaco. Tomou proporções desmedidas, do tamanho do nosso desequilíbrio emocional. Os seus fumos expandiram-se pelo ar e é pelo ar que nos chega esta pandemia.

O elemento ar simboliza a mente, a ligação com o divino. Somos extremamente mentais, vivemos governados pela Razão, pelas suas rotinas mecanicistas, pela sua índole separatista.
É altura de deixar a nossa herança racional, a nossa forma compartimentada de ver o mundo e o divino. É momento para despir essa Coroa que nos tornou egocentrados, soberbos e arrogantes, acreditando que a Razão explicaria tudo, que seríamos Deuses. Está na altura de desenvolver a nossa sensibilidade, de ativar a nossa energia feminina comum a todos os seres de forma a olhar para além do divisível, do capitável e do patriarcado.
O divino não está num Homem/ num ídolo/ numa religião só: está em cada um de nós. E cada um de nós faz parte de um todo, um Todo indecifrável é incompreensível à luz da racionalidade humana.

O Coronavirus ativou já a emoção que mais predomina nas nossas sociedades e que nos torna facilmente manipuláveis : o medo.
O medo que nos leva a consumir compulsivamente, a agir irracionalmente e a viver egoísticamente.
Vão fechar-se fronteiras, escolas, serviços que os Estados criaram. A máquina burocrática e organizacional que nos precipitava em afazeres e deveres, criada pelo Homem ao longo do século XX, vai ficar em standby.

O mundo vai ficar em standby.

E tu, no teu lar, aproveita, mergulha para dentro de ti e trata das tuas emoções.
Sim, é momento para te recolheres e olhares para dentro de ti. É momento de silenciares a tua mente e o teu Ego: o “eu quero”, o “eu sei”.

Resgata e transmuta memórias ancestrais herdadas da era patriarcal. Essas feridas, essas cicatrizes que te impedem de evoluir; essa visão fragmentada que te limita e impede de ver o Todo que nos une. Dá-te tempo para parares. Transmuta o medo que te impele a acumular, a consumir, a autocentrar-te de forma abusiva. Está na hora de tratares das tuas emoções, de te amares e abandonares a vibração do medo, abrindo-te para o amor como energia orientadora da tua vida e do novo milénio.
Já não temos de aceitar uma relação, uma profissão, uma situação porque a Razão e a sua orientação impositiva nos exige. Aceitamos por amor apenas, pois agora, nesta nova Era é o amor que faz sentido e por amor que nos sentimos plenos.

A medicina incentiva-nos a adotar atitudes de higiene, a isolar-nos, a não mostrar gestos de afetos. O simbólico sugere a limpar as tuas emoções e tudo o que já não te serve, a olhar para dentro de ti e a amar-te.

O Coronavirus surgiu num ano que vibra sob a energia do 4. É um número que remete para as estruturas, para a construção, para o racional. Isso simboliza que está na hora de te reestruturares. Abdica das tuas certezas, flexibiliza a tua mente, abre-te às emoções. O Ego, rei exacerbado que vive do reconhecimento e da aparência material já não faz muito sentido porque é ele que nos divide e nos separa. Uma nova era está a estruturar-se e todos renasceremos após a passagem desta pandemia. Ela não veio para termos medo. Ela veio para tornar-nos humanos e humanizar-nos, pela sensibilidade, pela compaixão e emoção. Ela veio para olhar para o Outro sem medo ou desconfiança mas como parte constitutiva desta rede que nos interliga.

Por isso, não caias no julgamento tipicamente racional. Não vibres no medo. Conecta-te a ti-próprio/a. Faz meditações para o teu chakra cardíaco e age com amor e consciência pois estamos todos conectados.

Prepara-te com amor para esse milénio. Uma nova ordem está a ser formada para que uma nova consciência desperte. Desperta no amor!

Com amor,
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2 comentários:

Sónia Alexandra disse...

Que riqueza de leitura do momento que vivemos. Obrigada querida Rosa, por toda a sabedoria partilhada sob a forma de amor.

rosaleonor disse...

Obrigada eu Sonia pelo seu comentário… e pelas suas palavras. Mantenha-se serena...abraço grande