NÃO É O FEMNISMO QUE ESTÁ DESPROVIDO DE SUBSTÂNCIA, MAS AS MULHERES EM SI MESMAS…e isso gera este paradoxo que poucas mulheres querem ver porque estão imbuídas das ideias e ideologias patriarcais (quer queiram quer não, pois nela foram formatadas) mesmo quando estão contra elas - elas baseiam-se nas suas premissas e isso é um ciclo vicioso de que se não dão conta. Mulheres intelectuais e inteligentes - jornalistas e escritoras etc. - continuam a usar a mesma cartilha patriarcal, o pensamento logico masculino, para se defender, ou seja a argumentação
é toda do plano mental e intelectual, sem que tenham acesso a uma consciência ontológica onde se radica o sentir e o pensamento verdadeiramente feminino. O pensamento feminino deriva de uma experiência que é sentir a partir de uma sensibsibilidade própria que é a da mulher quando ela está ligada a sua natureza profunda quer as suas entranhas quer as forças da natureza e da Terra e dos ciclos e SENTE, antes de pensar e por isso o que pensa é fruto de uma síntese entre sentir - emoção intuição e a razão não é apenas baseadas em factos, mas numa percepção superior que é a Inteligência do Coração… e é por isso que eu digo que não sou feminista, e prefiro uma palavra mais abrangente como FEMINITUDE... embora claro a palavra não entre no léxico patrista e diga também pouco as mulheres cujo ego masculino e o velho patriarca que ainda habita nelas através da psicologia e filosofia patriarcal… não as deixe pensar o INFINITO que são …
ASSIM O QUE É O FEMINISMO SENÃO UM PARADOXO?
" As feministas de hoje fizeram-se desacreditar da mesma forma que as de ontem e gerações anteriores ainda: São " mulheres habitadas pelo ódio dos homens, que querem parecer-lhes ou tomar o seu lugar ", por exemplo. São "Feias, agressivas, burras e perigosas", enumera Clarence Edgard-Rosa.
(...)
" Estamos a navegar neste paradoxo. O feminismo é acusado de estar na moda, e, portanto, como que esvaziado da sua substância, enquanto muitas pessoas aderem às ideias sem a reivindicar. Isso mostra-nos bem que é uma luta de palavras ", continua a jornalista.
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" Eu não sou feminista mas…" é um discurso que se ouve há anos, destaca Françoise Picg. " esta é uma maneira de tomar distância em relação a um movimento mas admitindo uma proximidade com este último ". Para desviar a conversa, alguns e algumas vão então dizer-se " Humanista " ou " pela igualdade ".
Mas para Clarence Edgard-Rosa, "substituir esta palavra (feminismo) por outro é o corte em todo o legado político, cultural e militante e de todas as mulheres que lutaram pelos seus direitos", explica ela. "É um erro dar esse sentido porque falar de humanismo é colocar de lado a hierarquia social que existe e perdura hoje, é colocar de lado que as mulheres são realmente os bonecos da farsa", adiciona a editora em Chefe de Maria Claire Digital antes de concluir: "é por isso que é preciso usar esta palavra para o que é e lembrar o que ela quer dizer a qualquer momento".
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