O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, março 02, 2020

O medo de perder o comando sobre as mulheres...



"As sociedades patriarcas são fundadas num crime. Este crime não é o assassinato do pai, como Freud nos faria acreditar. É o estupro e o desprezo da mãe. Este ...é o horror inconsciente que cada menina-criança herda e, ao contrário da " ansiedade de castração masculina, a ansiedade de estupro é muitas vezes reforçada pela realidade diária do ato e ameaça de estupro. (O chamado "medo da castração" dos homens é simplesmente um medo de perder o comando sobre as mulheres na sociedade patriarcal, o que equivale a dominação das mulheres com " masculinidade." Se os ocidentais têm algum medo legítimo da castração, deriva do ato de circuncisão, o que é uma coisa terrível infligir a uma criança masculina; mas este costume vem do Pai da Bíblia. Vivendo constantemente sob o telhado de aço da misoginia criminosa do patriarcado, as mulheres são forçadas a dobrar-se e aceitar, com dor de castigo e terror cada vez reverberantes, projeções paranóicas dos homens. Mulheres, desde que temam  a punição pelos nossos poderes, e enquanto estivermos economicamente dependentes dos homens, teremos de aceitar que os nossos corpos são imundos e deficientes. Sob o patriarcado, a mãe é temida e odiada, muito louca, tanto pelo seu poder como pela sua fraqueza; tudo o que um homem não pode aceitar corajosamente sobre si mesmo é projetado em sua mãe ou esposa. Ou para qualquer mulher aleatória andando pela rua."

Monica Sjoo & Barbara Mor, A Grande Mãe Cósmica


' ' Grande Mãe ' ' de Jakki Moore

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