O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, março 24, 2020

QUE LAS HAY LAS HAY

 VOZES LUCIDAS…


EU QUERO QUE VOCÊS ENTREM EM PÂNICO!

"A frase não é minha. Lembram-se? foi uma menina sueca que a pronunciou. Muita gente aplaudiu: uau, tanta gente disposta a entrar em pânico, pensei na altura, para com os atacadores dos meus sapatos (botões, já se sabe, nunca usei).

E sim, entrei em pânico! não com o que a menina disse mas por ter...como direi isto? por ter...talvez por ter captado o desejo de pânico de tanta gente que julgava lúcida. Mas tenho saudades desse tempo (foi ontem, parece que foi há anos). E vou explicar-vos por quê!

Nunca vi o pânico como um ''estado ideal a atingir''. O pânico não salva ninguém! é irracional, implica o ''estouro da manada'' que mata mais do que salva.

Bom, a menina passou de moda. Temos uma nova estrela no palco, chamaram-lhe COVID-19. Sim, mata muita gente. E infecta muito mais. Como - e nisso a menina tinha razão - os desastres ambientais. Eles também mataram e matam muita gente. E infectaram e infectam muito mais.

Só que agora -oops, sorry Greta, já não serves. Tu prometias o apocalipse dentro de 11 anos. Não tinhas pressa. O COVID-19 (que sim, infecta e mata) é mais eficaz. E coloca o cenário da extinção mais próximo.

Mas - mais importante que o cenário da extinção em massa - torna mais urgente ''um novo paradigma económico''. Não será tão novo assim, receio. Seguirá mais ou menos os passos da grande revolução económica pós crise de 2008. Com algumas inovações, algumas de monta, parece-me.

Por exemplo, por sugestão de alguns gatos gordos de Wall Street - devidamente secundados em Washington, Londres e Berlim - as notas (o dinheiro de papel) são perigosas. Vamos converter isso em dígitos informáticos? boa!!! esses não transmitem vírus marados. Podem ser atacados por vírus informáticos, claro, mas estaremos todos livres de morrer por falta de um mísero ventilador! que sorte a nossa hein?

Claro, isto implica um enorme investimento! mas é para nosso bem, os senhores do mundo não querem que a gente apanhe vírus com notas bancárias!

Então permito-me expor este cenário hipotético: numa certa sexta feira que ainda não saberás ser negra, vais à caixa do multibanco e a máquina diz-te, com aquela cara triste que faz quando te manda pró caralho, que até à segunda feira seguinte não pode atender o teu pedido.

Ficas fodid@, claro. Mas vais tentar noutra caixa multibanco que te diz o mesmo. E noutra. E nas que quiseres, Passado da carola vais pra casa e pensas: ''oh que se lixe, na próxima segunda feira levanto o dinehiro e entretanto -como sou cidadão fiável - lá no café vão entender. Na padaria também.

Na segunda feira seguinte, voltas ao multibanco e ele diz-te que não há notas bancárias pra ninguém. Doravante pagas com o cartão. Mas a tua conta bancária mantém os mesmos dígitos, confirmas tu ao pedir o saldo. Menos mal -pensas tu - não te gamaram.

Não te dizem - é claro - que mantens a quantia mas a quantia não tem o mesmo valor. Isso só vais descobrir da forma que descobriste quando percebeste que com o mesmo dinheiro (fazendo a conversão directa entre escudos e euros) estás a pagar o dobro do que pagavas antes, pelas mesmas merdas.

Ficas revoltado, é claro: apetece-te assaltar até a Assembleia da Republica (impulso certamente idiota, já nada se decide aí) mas entretanto declara-se uma segunda vaga, ainda mais perigosa do que a primeira, de coronavírus. Lei marcial: quem sair de casa arrisca-se a ser abatido a tiro.

Isto é bizarro? é! mas olha que já aconteceu; foi baptizado com o nome de Corralito e ocorreu na Argentina em 2001: numa sexta feira os argentinos tinham X pesos na sua conta bancária, na segunda feira seguinte tinham o mesmo número de pesos, mas a valerem menos de metade.

E nessa altura os argentinos estrebucharam (nunca tanto como deviam) mas o regime resolveu isso na boa e até sem precisar (excepto em casos pontuais) de nenhuma lei marcial.

Agora é contigo...fica em casa por estes dias, sim. Mas pensa bem no que farás se um dia isto acontecer. Mesmo que não acredites em bruxas fica sabendo: que las hay, hay!

(ninguém vai contestar que Greta desapareceu do mapa - como previ há poucos meses - pois não? era o que faltava.

Fica este conselho de ''macaco velho'' da próxima vez que os media de massas ''cantem em coro'' sobre algo ou alguém, seja Greta seja o corona, desconfiem. Só pode vir aí tragédia. E se for grega, nem é das piores, a anglo-saxónica +e mais devastadora)"

 Obrigada Antonio Gil

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