QUANDO A DEUSA SE DESPE DE VEUS...
e nos deixa ver o invisível e se torna Presente ela mesma...
O FOGO SAGRADO DA DEUSA
Ontem caminhei com o meu bastão invisível na procissão das mulheres e homens que no fim da Conferência da Deusa percorreram um pequeno caminho no coração de Sintra…e com os pés batendo na terra faziam ouvir os tambores como um só coração, fazendo ecoar em mim memórias de velhos cantos e que em coro, agradeciam à Deusa o esplendor do dia e todas as dádivas terrenas de que somos prodigalizados, nós mulheres e homens, apesar da fome e das guerras e da miséria humana... e sentir esperança na Humanidade.
E tudo isto foi possível pelo esforço e entrega de algumas dezenas de mulheres que quero homenagear, porque fez eclodir no meu peito uma epifania, sentir o milagre da unidade, no corpo e na alma, ao ver a face da Deusa reflectida em cada mulher abençoada pela sua dádiva.
Eu vi mulheres brotando e florescendo como nascidas do ventre da Terra cantando cheias de reconhecimento e generoso afecto que prodigalizavam ao seu redor, honrando a dádiva da Deusa… e vi-me eu mesma, mais uma vez nascida do seu ventre e de todas as mulheres em osmose como parteiras que ampararam dores e choros e elevaram a minha alma em êxtase sereno com os seus sorrisos e manhas …
E vi no seu canto, o olho da pequena coruja, inteligente e atenta todo o tempo ...ela via tudo em silêncio …e escondia-se sagaz… e vi ainda uma sereia alada… e uma naga escondida na floresta…e vi também um trolle e uma fada…Vi um gnomo delicioso e uma donzela assustada e vi a bruxa rabugenta sempre a praguejar palavras entre dentes… Vi jovens e velhas e mulheres maduras serem transformadas e vi nos ares entre todas as deusas, a encantadora de serpentes… Lilith, que sibilando, atravessava todos os espaços e se insinuava entre as mulheres erguendo-as na vertical ao encontro de si mesmas, mediadoras do ceu e da terra, unindo os elementos…
Quero agradecer a todas as mulheres que vieram até mim e me abraçaram e agradeceram aquilo que eu escrevo, mas que vem delas para mim porque é nelas que me inspiro e é delas que vem o que sinto e sei, por osmose e empatia feminina… como sendo minhas irmãs e mães e filhas que não tive…e porque sei que todas somos filhas da Deusa.
Quero agradecer à mulher doce e genuína, com o seu véu vermelho, que nos seus sublimes passos mágicos de dança em circulo e com gestos de eternidade, me fez lembrar que todas somos a vida o renascimento e a morte ...e também no final, a todas as mulheres empoderadas, vestidas de dourado, que em apoteose, nos espelharam nos seus espelhos de miríades de cores, a lembrar que somos Ela, e belas... culminando assim este encontro de deusas e mulheres e de alguns homens especiais que também abracei…
Quero agradecer a todas as mulheres presentes, lamentando sinceramente as ausentes, às Sacerdotisas e as Melissas todo o seu cuidado e serviço à Deusa…e em especial à Luiza Frazão a sua fé, a sua persistência e a audácia de acreditar e trazer para esta realidade tangível o que era apenas um sonho meu de menina e adolescente…
Gratidão eterna a toda as mulheres que ecoaram o meu coração!
Ontem caminhei com o meu bastão invisível na procissão das mulheres e homens que no fim da Conferência da Deusa percorreram um pequeno caminho no coração de Sintra…e com os pés batendo na terra faziam ouvir os tambores como um só coração, fazendo ecoar em mim memórias de velhos cantos e que em coro, agradeciam à Deusa o esplendor do dia e todas as dádivas terrenas de que somos prodigalizados, nós mulheres e homens, apesar da fome e das guerras e da miséria humana... e sentir esperança na Humanidade.
E tudo isto foi possível pelo esforço e entrega de algumas dezenas de mulheres que quero homenagear, porque fez eclodir no meu peito uma epifania, sentir o milagre da unidade, no corpo e na alma, ao ver a face da Deusa reflectida em cada mulher abençoada pela sua dádiva.
Eu vi mulheres brotando e florescendo como nascidas do ventre da Terra cantando cheias de reconhecimento e generoso afecto que prodigalizavam ao seu redor, honrando a dádiva da Deusa… e vi-me eu mesma, mais uma vez nascida do seu ventre e de todas as mulheres em osmose como parteiras que ampararam dores e choros e elevaram a minha alma em êxtase sereno com os seus sorrisos e manhas …
E vi no seu canto, o olho da pequena coruja, inteligente e atenta todo o tempo ...ela via tudo em silêncio …e escondia-se sagaz… e vi ainda uma sereia alada… e uma naga escondida na floresta…e vi também um trolle e uma fada…Vi um gnomo delicioso e uma donzela assustada e vi a bruxa rabugenta sempre a praguejar palavras entre dentes… Vi jovens e velhas e mulheres maduras serem transformadas e vi nos ares entre todas as deusas, a encantadora de serpentes… Lilith, que sibilando, atravessava todos os espaços e se insinuava entre as mulheres erguendo-as na vertical ao encontro de si mesmas, mediadoras do ceu e da terra, unindo os elementos…
Quero agradecer a todas as mulheres que vieram até mim e me abraçaram e agradeceram aquilo que eu escrevo, mas que vem delas para mim porque é nelas que me inspiro e é delas que vem o que sinto e sei, por osmose e empatia feminina… como sendo minhas irmãs e mães e filhas que não tive…e porque sei que todas somos filhas da Deusa.
Quero agradecer à mulher doce e genuína, com o seu véu vermelho, que nos seus sublimes passos mágicos de dança em circulo e com gestos de eternidade, me fez lembrar que todas somos a vida o renascimento e a morte ...e também no final, a todas as mulheres empoderadas, vestidas de dourado, que em apoteose, nos espelharam nos seus espelhos de miríades de cores, a lembrar que somos Ela, e belas... culminando assim este encontro de deusas e mulheres e de alguns homens especiais que também abracei…
Quero agradecer a todas as mulheres presentes, lamentando sinceramente as ausentes, às Sacerdotisas e as Melissas todo o seu cuidado e serviço à Deusa…e em especial à Luiza Frazão a sua fé, a sua persistência e a audácia de acreditar e trazer para esta realidade tangível o que era apenas um sonho meu de menina e adolescente…
Gratidão eterna a toda as mulheres que ecoaram o meu coração!
Rosa Leonor Pedro - 14 de Maio de 2022
Foto de Sara Miguéns
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