O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, junho 06, 2022

UMA Nova Escravatura da Mulher: A Nova Era




EXCERTOS DE TEXTOS JÁ PUBLICADOS

A Nova Escravatura da Mulher: A Nova Era

A Nova Era, aparece num momento cultural em que as mulheres estavam a tentar sair da confusão do legado religioso patriarcal, e a tentar sair do controlo dos homens a todos os níveis. Balançando entre as lutas feministas e a busca do Principio Feminino, e o Feminino Sagrado, ela foi apanhada na armadilha da nova religião... de inclusão e em que o feminino e o masculino se uniam pelo yin e  yang, reduzindo a questão fundamental da busca da essência da mulher, da sua verdadeira identidade e o seu resgate, com a questão do seu masculino ou do par amoroso como complemento, ou deus...como resposta ao seu vazio existencial...
Essa armadilha da falsa transcendência e do falso universo espiritual "new age" (toda essa parafernália de conceitos e ideias e mundos inatingíveis que afastam a mulher de si mesma e dessa consciência) foi criada e muito bem orquestrada para nos afastar uma vez mais, sobretudo a nós mulheres, do caminho da Mulher Integral. E mais uma vez impedir-nos o acesso à nossa grandeza intrínseca como mulheres enraizadas na Terra; Ela foi criada para nos impedir de descobrir a Força da Vida em nós (de iniciadoras do amor, geradoras de vida, senhoras dos oráculos) pela nossa ligação à Terra Mãe e à Natureza! Ela foi programada para nos impedir de aceder à nossa própria espiritualidade que é soberana e está ainda por redescobrir dentro de nós.


Nós esquecemos que somos mediadoras das forças cósmico telúricas, e que são as mulheres que fazem a união entre a Terra e o Ceu, mas perdemos o nosso poder de mediadoras e sacerdotisas divididas nos estereotipos da Virgem santa ou de Maria Madalena a pecadora...e assim, fomos afastadas da nossa fonte de sabedoria interna - fomos quase destruídas...criada essa cisão interna na mulher fomos divididas e usadas e anuladas na nossa essência primeira durante milhares de anos e AGORA temos de conquistar esse poder que é nosso, não o de competir e conquistar o mundo do Homem, mas de unir os seres à Mãe e a Filha, e de Unir o Mundo através do nosso núcleo central e só quando formos nos próprias unas em nós poderemos então de forma segura nos aventurar em caminhos escarpadas e armadilhados na conquista da terra sagrada e semear novos ventos, novos oráculos...

Rosa Leonor Pedro

PORQUE A MULHER É EM SI TUDO

"A mulher potencialmente está ligada ao conhecimento e à sabedoria que são duas forças complementares na grelha de base. A mulher realizada domina a dualidade e ajuda o homem a transcendê-la. Enquanto o homem tem acesso ao conhecimento que está no início de tudo e além disso tem a vontade.
(...)
A mulher já é portadora do mundo transcendental - a Virgem Maria, Ísis, as Virgens negras. O homem, em contacto com a mulher, teria acesso ao germe da iluminação. E o casal alquímico exteriorizaria isso."*1

*1 In O HOMEM ENTRE O CÉU E A TERRA
De Étienne Guillé

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