O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, junho 12, 2022

UMA NOTA BIOGRÁFICA...

POR SUJESTÃO DE UMA AMIGA PUBLICO AQUI O SEU COMENTÁRIO E A MINHA RESPOSTA AO MESMO NO FACEBOOK - este post tem já alguns anos, 3 ou 4… 

 "Posso não ressoar, mas respeito e aprecio 'de onde vem' o seu último comentário que me dirigiu e, no que me toca, agradeço as suas palavras. Mas indo ao conteúdo sobre si e sobre o que a move, aprecio o suficiente para sugerir que publique esse texto num post. Compreenda e não leve a mal: é que aqui senti muito mais a Rosa no seu Ser profundo do que tantos outros textos em posts seus mais polarizados... outra energia, vamos dizer assim. Sugiro isto porque o que escreveu é harmónico em si, quer eu ressoe com essa atitude/missão ou não - lá está, Mapas/pessoas diferentes - e ao ser harmónico é potencialmente curador de tudo o que separa. Quanto ao seu livro, terei todo o gosto em lê-lo e desejo Bom Tudo para si e para ele Abraço."


... queria só dizer-lhe, que entendo respeito e admiro a sua postura e a si como mulher. Mas temos destinos e Mapas diferentes - e se tão bem sabe isso - e se eu tenho Marte e Venus na mesma casa… masculino e feminino não estão em luta em mim, nem dentro nem fora, ambos foram integrados ao longo de muito trabalho de consciência e meditação - nasci de algum modo já com essa propensão ou com esse trabalho quase feito. Não me sinto vitima nem culpada nem culpo ninguém. Apenas vejo e denuncio uma realidade que tende a ser escamoteada e branqueada. Portanto eu não antagonizo os homens nem faço a apologia das mulheres. Não sou feminista nem arrivista. Apenas enfrento uma realidade que é das mulheres todas do mundo e vou as causas profundas, causas nunca objectivadas porque as mulheres não sabem pensar...sim a grande maioria, pensa pelos homens e não é fiel ao seu próprio psiquismo. Eu não vivi drama nenhum na minha vida, senão o existencial, claro, mas podia seguir o caminho que me aponta e de que fala, mas o sofrimento atroz das mulheres - bem para lá de vitima carrasco ou salvador - vi-o em todo o lado, em todos os níveis sociais e económicos e ele não mudou nada em 70 anos da minha vida. Por isso Não me posso desvincular dessa consciência que é social e psicológica e ontológica e a minha batalha é pelas mulheres, por uma consciência do Feminino essencial em que creio residir o maior salto quântico para a os homens se as mulheres conseguirem acordar para ELAS MESMAS enquanto portadoras não só de vida mas enquanto iniciadoras do amor, e para isso elas tem de aceder ao seu poder interno que é magnético e curador...e a outra Consciência que vem da fonte, essa centelha divina e humana que reside em todos e todas nós e dá a possibilidade ao ser humano de per se ascender a ela, eu tenho-a… profundamente ancorada. Vivo em plenitude interior e paz, e sinto um imenso amor por tudo (amo os homens e as mulheres pelas sua essência) e tudo o que escrevo nada tem a ver com o mal ou negativo a não ser o relevar da Sombra e o seu papel face a emergência da Luz. Os pratos da balança oscilam sempre mas o meu lugar é ao centro...junto do fiel da balança, como Maat. Enfim, a minha escolha de vida foi fazer este trabalho com as mulheres. Se quando o meu livro "Lilith - e a Mulher integral" sair (em breve espero*) e o quiser ler talvez me compreenda melhor, mas sei que não vai estar de acordo comigo…

Um abraço profundo e grata pela sua observação.

rlp

ADENDA

O livro Lilith a Mulher Primordial foi editado em 2020



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