O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
sexta-feira, novembro 12, 2004
“O planeta Terra encontra-se envolvido num conflito sem fim. A vida colocou o homem e a mulher como eternos rivais, digladiando-se na arena da vida. Estamos na era atómica, o mundo está quase a desabar. Outro aviso ao criador: se tiver que reconstruir o Éden que todos os seres sejam completos, incluindo a humanidade. Que sejam hermafroditas. Masculino e feminino no mesmo ser, para se atingir a perfeição suprema e com ela a paz por todos nós desejada, sem disputas, nem desilusões, nem desgostos de amor.”
In O SÉTIMO JURAMENTO
LIVRO DE PAULINA CHIZIANE
Da Ed. CAMINHO – uma terra sem amos
O ANDRÓGINO NÃO É UM MITO, MAS A RESPOSTA DO INDIVÍDUO PARA A SUA AMBIVALÊNCIA SEXUAL E A SUA LUTA "CONTRA" O OUTRO, DENTRO OU FORA DE SI
"O andrógino não tenta submergir as diferenças, pois reconhece que as polaridades existem no tempo linear, mas que são ilusórias quando o tempo é concebido como cíclico e eterno.
O andrógino aceita os paradoxos, e os vive, sabendo que, como criatura finita,
muitas vezes não poderá ver além das aparentes contradições que nos assediam a cada passo.
Portanto o andrógino pode viver o presente imediato sem perder o senso de eternidade.
June Singer "Androginia - rumo a Nova Teoria da Sexualidade"
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