A NOSSA PEQUENA CIVILIZAÇÃO...
AINDA A "MODA" E O CINEMA E AS ESTRELAS...
eLE É AMERICANO ELA DA aNTÁRTIDA...?
Ainda que eu jamais tivesse adivinhado o irreparável., uma olhadela à Europa bastaria para me fazer estremecer. Preservando-me do vago, ela justifica, atiça e adula os meus terrores, e desempenha para mim a função atribuída a cadáver na meditação do monge.
No seu leito de morte, Felipe II mandou chamar o filho e disse-lhe: Vê como tudo acaba, até a monarquia.”
À cabeceira desta Europa, não sei que voz me adverte: “ Vê como tudo acaba, até a civilização.”
Se a força é contagiosa, a fraqueza não o é menos: tem os seus atractivos; não é fácil resistir-lhe. Quando os débeis são legião, enfeitiçam-vos: com que meios lutar contra um continente de abúlicos? Sendo de resto a falta de vontade uma coisa agradável, as pessoas entregam-se-lhe de boa vontade. Nada mais suave do que do que arrastarmo-nos atrás de dos acontecimentos;(…)
In A TENTAÇÃO DE EXISTIR
E.M.CIORAN
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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