O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, novembro 23, 2006

SÉGOLÈNE ROYAL

A FRANÇA PODE VIR A TER UMA MULHER PRESIDENTE
- FARÁ ELA A DIFERENÇA? NÃO NINGUÉM SOBREVIVE AO PÂNTANO DA POLÍTICA


Ségolène e nós
(…)
“Se o fenómeno Ségolène representa um pequeno terramoto numa paisagem política tão cristalizada como a francesa, as suas ondas de choque poderão repercutir-se por toda a Europa, como alguns comentadores internacionais têm feito notar. Não porque seja rigorosamente uma novidade uma mulher ocupar a liderança de um grande país europeu (a política britânica foi literalmente redesenhada por Margaret Thatcher e, na Alemanha, Angela Merkel tem mostrado, apesar das dúvidas iniciais e da sua actual crise de popularidade, uma firmeza e uma consistência que impõem respeito). O que é novo, em Ségolène, é a perturbação que ela introduz no seio da sua família política de origem - não foi esse propriamente o caso de Thatcher ou Merkel - e a frescura quase subversiva com que interpela as convenções de um mundo político moribundo, cada vez mais divorciado da realidade social e da participação dos cidadãos. Ora, esse problema não é apenas caracteristicamente francês - é também europeu. E, já agora, português.
(…) A política como "actividade inteligente"? Valha- -nos Ségolène!”


Vicente Jorge Silva
Jornalista – in D.N.



TONY ROYAL: Visita-se o site, que tem nome de creme para as rugas
( www.desirdavenir.org) , de Ségolène e está tudo arrumadinho: o que ela pensa sobre defesa, "democracia participativa " (uma vacuidade que se esgota nos orçamentos participados dos liceus), imigração, etc.
(…)
Mas é mulher, linda-flor de sorriso plástico e mamã certificada. Parafraseando o seu compatriota Malraux, Ségolène será ou o Blair francês ou não será
.

(blog Mar Salgado)

NOTA À MARGEM: …”desejar o futuro”- desirdavenir- cá no francês do burgo, lembra cosméticos e publicidade?
- Porque serão sempre as mulheres ridicularizadas?


OU SERÁ QUE A FRANÇA (E A EUROPA INTEIRA, NOMEADAMENTE PORTUGAL) NÃO ESTÁ A PRECISAR DE UM CREMEZINHO PARA AS RUGAS???

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