O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, novembro 03, 2006

Por tantas razões obscuras o corpo da mulher foi e é martirizado e vilipendiado...Ainda hoje na Terra inteira a Mulher continua a sofrer na pele todo o tipo de abusos, sendo explorada de todas as maneiras à semelhança das eras mais bárbaras só que de forma mais sofisticada e "moderna"...

Tanta luta e celeuma "em defesa da vida" quando a mulher é prostituída e violada em todos os países e nenhum católico se importa!

A MAIOR ABERRAÇÃO DO PENSAMENTO CATÓLICO É DAR IMPORTÂNCIA AO QUE ESTÁ PARA NASCER E NÃO DAR QUALQUER IMPORTÂNCIA AQUELA QUE DÁ A VIDA, NEM AOS SEUS FILHOS QUE ENVIAM PARA A GUERRA!




Não à prisão!
Sim à dignificação e autonomia da mulher!


NENHUM HOMEM AMA MAIS A VIDA DO QUE AQUELA QUE TEM O DOM DE DAR À LUZ…
AS MULHERES QUE SÃO FORÇADAS A ABORTAR SÃO AS FILHAS BASTARDAS DAS SOCIEDADES PATRIARCAIS.


Aborto mata 68 mil mulheres

Rute Araújo
Todos os anos, 68 mil mulheres morrem devido a abortos feitos em condições precárias e milhões têm complicações graves, muitas delas irreversíveis. A conclusão é do estudo Aborto Sem Condições de Segurança: a Pandemia Evitável, publicado ontem pela revista científica inglesa The Lancet.

A grande maioria das 20 milhões de interrupções da gravidez feitas anualmente por pessoas não qualificadas ou em condições precárias regista-se nos países em desenvolvimento - representando 97% dos casos. De acordo com as estatísticas, em 2000 a Ásia registava os números mais preocupantes - 10,5 milhões -, logo seguida pela América Latina (3,7 milhões) e África (4,2 milhões). Mas o fenómeno está longe de ficar pelos países mais pobres. Na Europa, todos os anos ocorrem 500 mil abortos nestas condições. E os especialistas alertam para o facto de as estatísticas estarem aquém da realidade.”
(…)
IN DN


NOTA À MARGEM:

- Sei que o “aborto” mata um ser em formação e sei que o ser que quer encarnar, portanto a alma que vai nascer, precisa de viver e nesse sentido o abortar dessa vida é tremendo, MAS sei que QUEM AMA MAIS A VIDA DO SEU BEBÉ É A MULHER e a Mulher é desde sempre a maior Vítima dos que a condenam e julgam e que também tem direito à sua vida e à sua escollha!
Para que a mulher não recorra ao “aborto” é preciso que seja dignificada e consciente dela mesma como ser humano e não seja apenas uma bastarda da sociedade paternalista ou então a filhinha do papa…
É preciso como já tenho dito que o preconceito contra a mulher e a sua sexualidade não seja vivida à margem ou às escondidas, em que a mulher é abusada senão física é-o quase sempre psicológica e emocionalmente através da manipulação da ignorância a que está sujeita há séculos. A mulher não pode continuar a ser sempre penalizada como “culpada” da “queda” do homem porque é isso que até o Papa João Paulo II de certa maneira afirmou pouco antes de morrer numa viagem às Filipinas …

Passei por ACASO num chamado Blog do Não e quem o assina são cerca de 20 homens e apenas 3 ou 4 mulheres…sintomático...Eles falam pró-vida mas sempre desprezando as condições reais da mulher, salvo as suas, claro, que vão quando necessário a Londres ou a Espanha abortar… e eles não falam dos jovens saudáveis que os seus Estados enviam para a morte nas suas cruzadas…


rlp

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