Na grandiosa era da construção das Catedrais quando Maria era venerada como deusa nos seus “Palácios” de rainha do céu ou Notre Dame, ela era evocada como a Rosa, a Roseira a Grinalda das Rosas…a Rosa Mística.
Como um templo pagão, a catedral gótica representava o corpo da deusa, a qual era também o Universo contendo no seu interior a essência do masculino"(...)
In O SEGREDO DOS TEMPLÁRIOS
O termo de “prostituta sagrada” é sempre incorrecto.
“O termo escolhido pelos modernos tradutores, é aplicado à hierodulae, ou “mulher sagrada” do tempo da Deusa, que desempenhava um papel importante no dia - a – dia do mundo clássico.
As sacerdotisas de Deusa e os seus importantes encontros iam até ao periodo Neolítico (7000-3.500ª.C.), tempos em que Deus era honrado e amado no feminino em todas as regiões conhecidas hoje como a Europa e o Médio Oriente.*
Teimo em rearfirmar que o conceito de “prostituta sagrada” é um paradoxo no conceito que hoje temos de “prostituta”. A accepção que a Igreja deu à palavra, desgastada pelos séculos de contaminação moral e rejeição misógina da mulher e do sexo, fez da palavra aquilo que ela é hoje…mas o sentido que correspondia a este termo no tempo da Deusa não significava de todo o que a palavra para nós significa, que representa só e apenas a venda do corpo e do sexo das mulheres, por dinheiro e de forma abjecta e miserável quase sempre, como último recurso à subsistência.
O termo como já tenho referido na sua origem é impróprio e não corresponde à realidade da época. Antes do cristianismo e o seu culto do Deus Pai todo poderoso, persecutor e castrador de todas as formas de expressão da natureza viva e instintiva, nomeadamente da mulher, através do culto do sofrimento e da morte, o Culto da Terra-Mãe e da Natureza, assim como a Deusa e a sexualidade da mulher transformou-se naquilo que os exímios pensadores e “santos” (agostinhos e outros) da Igreja fizeram do amor, da natureza e da mulher: uma coisa abjecta reduzindo pelo ódio as mulheres a ínfima espécie e a natureza a detritos… esta é a nossa herança católica!
CONTUDO:
”No mundo antigo, a sexualidade era considerada sagrada, uma dádiva especial da deusa do amor, e as sacerdotisas que oficiavam nos templos da deusa do amor do Médio Oriente eram consideradas sagradas pelos cidadãos dos impérios grego e romano. Conhecidas como “mulheres consagradas”, eram tidas em grande estima como invocadoras do amor, do êxtase e da fertilidade da Deusa. Em alguns períodos da História Judaica, até faziam parte da adoração ritual no Templo de Jerusalém, se bem que alguns dos profetas de Javé deplorassem a influência da Grande Deusa, localmente chamada de “Ashera”.”**
A forma como as sacerdotisas do Templo da Deusa se entregavam ao amor era a mais alta niciação que o homem podia viver ao ser não só iniciado no conhecimento do amor erótico como conhecer em simultâneo a sua dimensão sagrada pelo êxtase na união com o divino. Sendo a mulher sua mediadora assim na Terra como no Templo e a grande iniciadora, dando-se, ela dava ao homem a maior revelação que o ser humano pode receber em vida: o Amor da Deusa.
Tal como o homem é trazido ao mundo pela Mulher Mãe, ele era iniciado aos mais altos mistérios - que é a união entre os dois lados de cada ser na união da Deusa e do Deus que nos habita - revelado assim pela mulher - amante - sacerdotisa e não a prostituta, em cerimónias secretas e sagradas e NÃO em actos de venda e promiscuidade para sobrevivência numa sociedade que marginaliza a mulher quando esta não segue as regras e as leis dos patriarcas do deserto…
O que o homem oferecia ao Templo ou à Deusa em forma de dinheiro, ouro ou o que qur que fosse, não significava comprar, mas retribuir a dádiva de forma simbólica e sagrada também.
RLP
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**In Maria Madalena e o Santo Graal
De MARGARET STARBIRD (Quetzal)
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