O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, novembro 29, 2007

A CONSCIÊNCIA DO FEMININO



Chegou a hora
(...)
"Buscamos movimentos de consciência. A energia feminina, portadora da magia e da intuição, concordou em abdicar dessas qualidades – energia feminina significando não apenas os seres fisicamente femininos, mas a consciência feminina.

O movimento patriarcal nos últimos cinco mil anos afastou-se completamente do processo do nascimento para poder dedicar-se ao desenvolvimento de armas e ao contínuo aniquilamento dos seres humanos.

As mulheres estão com um “nó na garganta” porque concordaram, há quatro ou cinco mil anos, manter silêncio acerca da magia e da intuição que representavam e conheciam como parte da chama gémea. A chama gémea consiste na energia masculina e feminina coexistindo num só corpo, quer seja ele fisicamente masculino ou feminino.

Durante este período de mudança, será necessário que as mulheres desatem o “nó da garganta” e se permitam falar. Chegou a hora."

BARBARA MARCINIAK,
Mensageiros do AmanhecerEd. Ground, São Paulo, 1992

2 comentários:

Zazyel disse...

E ainda mais, as mulheres contentaram-se em manter o "modelo" de mulher/Mãe-Deusa criado pelo patriarcado...
Um modelo que utiliza-se da figura da Deusa pra arrebanhar as multidões (uma vez que não é possível suprimi-la de todo)mas a acorrenta num silencioso e nada-ameaçador gesto de submissão e silêncio.
A mulher recuperará seu status divino, no momento que tiver consciência de que seu poder é só seu... nato e único... Um poder que não depende de ser admitido, autorizado nem aprovado e muito menos reconhecido pelos demais.
Nasce com ela, em suas entranhas e em seu coração e acompanha-a por toda a vida.
Tampouco a busca de colocar-se "acima" do masculino na sociedade poderá levá-la a lugar algum... a sua superioridade é sutil e compreende a natureza como ela é: equilibrada e complementar.

Beijos & rosas!

Lealdade Feminina disse...

A mulher não teve outra alternativa que não se calar, não foi por querer, ou por escolher, foi sob torturas e mortes e todo tipo de violência, por gerações e gerações e gerações e gerações... mas mesmo assim, sempre reacende a chama, sempre volta a brilhar, e sempre volta a nos aquecer e a nos preparar para a batalha, não física nem violenta mas no campo das energias... não vamos pegar em armas, mas vamos fazer o patriarcado ruir na mesma... ele já acabou, a partir do momento em que estamos aqui preparando o templo e o tempo da Deusa Terra Mãe ressurgir, e ela virá e apazigurará tudo, como a mãe que nos acalenta e acalma depois de um pesadelo...
A mãe e a mulher que somos dentro de nós mesmas e em equilíbrio com o nosso lado masculino tbm, do nosso homem e pai interior...
Equilíbrio...