O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, fevereiro 17, 2008

Em som de clamor

ERA UMA VEZ, NUMA TERRA ATÉ HOJE DESCONHECIDA…

A Alpendurada foi até ao liberalismo sede do couto de Alpendurada, que incluía também a freguesia de Várzea do Douro. De acordo com o censo de 1801 contava 1350 habitantes em 14 km². Foi integrado no extinto concelho de Benviver. Alpendurada faz hoje parte da vila de Alpendurada e Matos, do munícipio do Marco de Canaveses.


O jogo foi em Alpendurada no campo do alpendorado, um jogo como outro qualquer neste caso de futsal e aqui o jogo não me importa mesmo nada, o que me importa foi o que eu vi e me deixou estupefacta …só fiquei a ver as imagens de fundo para me certificar de que eram mesmo crianças e não mulheres que dançavam naquele Pavilhão com um público 100% masculino empolgados com a vitória da terra depois do desafio entre a equipa da Alpendurada e o Sporting…
- O jogo realizou-se NO PAVILHÃO da Escola E.B 2/3 de Alpendorada. Presumo que as meninas fossem alunas da escola…
Vinte ou mais garotinhas vestidas de vermelho com vestidos decotados, com sapatinhos também vermelhos de salto alto e cabelos compridos ondulantes que agitavam com veemência, dançavam como mulheres com um ar provocador ao ritmo de uma música trepidante com ares bem sensuais a contrastar com a pouca idade…
Ver aquelas meninas vestidas para matar a dançar sem pudor ou sem a inocência que atribuímos àquelas idades, com trejeitos de mulheres fatais, foi demais para o meu estômago.
Sim, cerca de vinte meninas entre os 8/9 e os 12/13 anos, (teria alguma mais?) dançavam freneticamente uma coreografia quase pornográfica, com que saída de um filme para pedófilos…


Clamoroso e arrepiante ver uma encenação destas e aquelas miúdas lançadas aos bichos como carne para predadores pedófilos…
Não consigo acreditar como é que pais e professores como é que as mães puderam consentir aquele espectáculo e ao contrário disto deviam estar muito orgulhosas de as filhas aparecerem na SIC para o País inteiro…
Este é só mais um dos aspectos do atraso e da miséria deste país onde crianças são exploradas por famílias de uma ignorância constrangedora e atrasadas, sem nenhuma estrutura psicológica . Estes são os exemplos que eles, pais e educadores, vêem na SIC e nos concursos que levam meninas de 16 ano, ontem na TV1 a dançar como coristas…com os pais babados a aplaudir…
Todos os pais desgraçados e pobres sonham e querem promover as filhas ao espectáculo podre e decadente com que todos os dias a televisão nos brinda.
E assim vai o País profundo…e o mundo!
E eu cada dia mais conservadora e moralista dirão, mas o que eu vejo é que já não são só as mulheres sujeitas à degradação, mas meninas logo de crianças oferecidas aos papões mediáticos, cheios de lobos maus que querem comer a netinha e se calhar a avozinha ainda… rlp

2 comentários:

Anónimo disse...

amada rosa
é mesmo de arrancar os cabelos.
aqui no brasil, país do 'derrier' pra não ser tão grossa, as meninas de três anos já dançam coisas grotescas, incentivadas pela mídia, pela família, pela mamãe reprodutora de todo tipo de 'estupro' - pois eu considero um estupro, colocar crianças em contato com essas podridões.
gostei do seu post sobre as poligamias, de fato, é interessante olhar a forma como a sexualidade é explorada para se voltar totalmente contra a mulher, inclusive quando parece ir a seu favor (pilulas, liberdade etc). as armadilhas estão em toda parte e se disfarçam de outras coisas, quando são reveladas.
de certa forma acho muito interessante a postura das lésbicas feministas mais radicais, quando avaliam a sexualidade e principalmente a pornografia como formas de educar a mulher para o uso do homem apenas. a dworkin pode ter 'exagerado' (será?) quando declarou que a heterossexualidade é compulsória e escravizante por si mesma... mas penso no sexo sagrado e não vejo nada que se pareça com ele, acontecendo no mundo hj.
um grande abraço
celia

Anónimo disse...

Querida Célia:

Já tenho querido comentar no seu Blogue, mas a minha passe word não entra e fico frustrada. tenho acompanhado a sua escrita também. Não deixe de dar notícia e manter o contacto. Muitos beijinhos

rosa elonor