Tal como uma mulher entrega o seu corpo para ser um receptáculo na gravidez, de certa maneira similar e invisível as mulheres que são médiuns místicas tornam-se o cálice donde pode emergir a consciência.
As sibilas, as pitonisas de Delfos e as mulheres americanas nativas que tinham sonhos para a tribo funcionavam assim. Essas mulheres, com poderes psíquicos, normalmente tinham que perder a consciência para que o sonho, ou a informação, surgisse através de si, num paralelismo com as mulheres que são anestesiadas durante o trabalho de parto e o nascimento. Ambas as experiências mudam quando a mulher não fica inconsciente, quando a mulher percebe o maravilhoso que privilégio o que está a fazer. Agora é um vaso escolhido, e foi ela própria que fez escolha do que executa com o corpo e com a psique.
Ela bebe nas profundezas arquetípicas, ou biológicas, que misteriosamente se juntam na experiência da alma e apercebe-se de ser esse cálice donde emerge a vida ou a visão. Nesse momento específico, muitas mulheres estão a dar à luz a consciência da deusa...
In TRAVESSIA PARA AVALON - de Jean Shinoda Bolen
1 comentário:
E o q fazer se quando buscamos um grau interior,um contacto com a Natureza,estamos subvertendo ordens sociais?Que nos dizem serem proibidas?
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