O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

A POLIGAMIA disfarçada…


POLIAMORIA – “FAMÍLIAS” POLI
uma “filosofia” moderna

OS MACHOS ALFA?

“Ele é territorial com as mulheres” (modelo muçulmano livre)

(SERÁ QUE SOMOS MESMO DESCENDENTES DOS MACACOS?)

Um homem com três mulheres e duas filhas da mulher oficial, coabitam na mesma casa e dormem na mesma cama. Ele pratica sexo com precisão. Todas querem dormir com ele, mas enquanto ele fornica com uma as outras duas esperam cá em baixo pela sua vez. Cumprida a função machóidesca, dormem todas na mesma cama até às seis e meia da manhã, hora em que as filhas acordam para elas não serem traumatizadas etc. O macho alfa é másculo e dinâmico, pacífico com as mulheres, mas gosta de brincar as guerras e veste-as de camuflado e vão dar tiros na floresta como desporto…

- Todas as mulheres correspondem ao perfil “mulher galinha” made in usa”

Uma das mulheres do macho alfa vítima passiva, e a mais jovem, chama-se Angel e faz de ama das crianças. A outra a nova namorada é uma atrasada mental, que diz controlar os sentimentos de posse e o ciúme porque ele a trata muito bem, melhor do que outros namorados que tivera só para ela… Elas não podem beijar o pai à frente das meninas, por causa das leis de protecção às crianças. Só a legítima que é a primeira dama, pode ter essa liberdade. Entretanto, todas elas têm de ser fiel ao macho alfa e não ter mais nenhum homem claro…porque o rapaz é muito sensível e podia, disse ele, com ar muito doce, ficar menos seguro da sua virilidade…

Outro caso apresentado de família POLI, era uma mulher com dois homens à procura de uma namorada para um deles… não percebi bem porquê de início para um e não para o outro, até que se tornou óbvio: um era o amante e este o marido… Assim a prendada esposa fazia tudo para que o marido arranjasse uma namorada e ela própria promovia os encontros…
Esta é uma nova realidade dos nossos dias... face à retrógada e decadente religião católica.

Depois apareciam em grandes festas polis, meio hippis, uma série de “famílias” todas polis das mais variadas maneiras, cada qual a seu gosto…uns nus outros vestidos dançando com as várias mulheres ou vários homens, mas quase todas grotescas.

Vão dizer que sou conservadora ou católica, mas não sou uma coisa nem outra! Bem pelo contrário. Contudo o grotesco e superficial de toda a questão dos relacionamentos aqui expressos grassa da maior estupidez e atraso cultural e espiritual.
As pessoas precisam de ser livres e amantes e o casamento católico burguês já nada tem a ver com a nossa realidade e nem sequer as bases da família. E prefiro um macho com três mulheres que brinca às guerras com elas na floresta do que um marido fiel que dá pancada na mulher…No entanto a questão essencial não é essa.

Mas que Amor, que sentimentos, que individualidade, que consciência têm estas pessoas? Nenhuma. Reagem e invertem os valores tradicionais burgueses e religiosos de uma maneira constrangedora e imbecil. Estes espécimes em “família” e os outros que trocam de casais só para sexo (não me lembro do nome que se lhes dá) …são derivativos do impasse a que as relações humanas chegaram. São resultantes da falta de sentido humano profundo a que chegamos.
Ninguém sabe o que é o AMOR verdadeiro, o respeito pela individualidade da cada ser, mas alternam umas normas por outras, impondo regras de ego e prepotência aos mais fracos que cedem a todo o tipo de manipulação e facilidade, própria de uma cultura de plástico. Este foi o ponto onde se chegou por pura ignorância do sagrado e do potencial espiritual da sexualidade vivida apenas como uma função orgânica e não como um catalisador de energias e transcendência. Mais grave ainda a mulher contínua destituída do seu poder feminino para ser mais uma vez apenas objecto sexual ao serviço do macho.

As mulheres que foram entrevistadas eram de uma mediocridade aflitiva e de uma passividade total. E quando activas, iguais aos machos. Tudo isto nos mostra até que ponto a sexualidade humana se perverteu e perdeu todo o sentido do sagrado e o respeito pelos sentimentos. rlp

2 comentários:

Marian - Lisboa - Portugal disse...

Para mim, Rosa, (e isto é uma opiniao absolutamente p-e-s-s-o-a-l)polígamos/as ou swingers pertencem ao nº de curiosidades que n-ã-o quero conhecer! -e nem sequer é falta de convite, rss...
Isto nao tem nada a ver com estereótipos sociais ou convencionalismos -eu não sou nada convencional em área nenhuma e vou a todo o lado que quero ir... mas nunca a nenhum lado que não queira. É questao de fidelidade a mim propria e ao que sinto como correcto.
Abraço

Lealdade Feminina disse...

Mas isso é de fato uma deturpação do conceito de poliamor... aff... claro que esse tipo de relação é mais um tormento e um inferno coletivo do que qualquer outra coisa... e nem sei qual deles está mais perdido... o poliamor do qual eu falo, pressupõe pessoas livres e autônomas, não essa miscelânia de saldos de patriarcado: leve todas as mazelas num pacote único e com desconto... Mais uma vez, o patriarcado pega uma coisa nova e diferente e baralha tudo... é o mesmo que faz com deusas nuas e playbolísticas em roupas transparentes e esvoaçantes...