O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, março 09, 2009

O MEDO DA VIDA E O MEDO DA VERDADEIRA MULHER

É O FOGO DO FEMININO NO CORAÇÃO IMACULADO DE MARIA MADALENA QUE NOS SALVA DO MEDO, CONFIE NA SUA INTUIÇÃO...

Rosa, sempre atraí-me pela estória de Maria Madalena, já que ao ler as poucas passagens bíblicas que falam dela, meu coração sentia um inexplicável fogo, uma sede, uma curiosidade, atração e todo esse mix de emoções. Porém esta nova versão dos fatos evangélicos me enche de medo do Inferno. O medo do Inferno me consome em tudo o que quero "deduzir" e não me deixa pensar livremente. Sequer consigo converter-me ao budismo de Nitiren Daishonin, tal é o tamanho do medo!

xaxeila

Xaxeila: nós trazemos o medo nas nossas células...nós já fomos perseguidas e queimadas nas fogueiras, é natural que as nossas células guardem essa memória. Muitas temos ainda a memória de uma morte violenta por dizer a verdade…por ajudar a parir crianças, por curar os males do corpo com plantas. Nós temos essa herança genética a pesar…temos de limpar o nosso sangue do medo…O poder do medo e dos preconceitos católicos ainda vigentes, a pressão do fundamentalismo religioso, pairam como um monstro de 7 cabeças sobre as mulheres e não só…
Veja aí no Brasil esse arcebispo como ele acaba de condenar uma mãe e uma criança e os médicos por terem abortado os gémeos a uma menina de 9 anos que foi violada (estuprada, como vocês dizem) desde os seis anos de idade e sem qualquer amor ou piedade pela criança ferida de morte na sua estrutura, em risco de vida se parir e para além de destruída para a vida e esse padre evoca o direito canónico como “remédio espiritual” para a excomungar da sua igreja e não excomunga o violador?!
Você lê a Bíblia e é esse horror constante que fica na sombra, toda a violência tolerada do homem sobre a mulher, toda essa repressão da mulher como representante do mal e do diabo, tudo muito bem montado em nome do bem e da vida para manter as pessoas nesse temor a Deus, culpadas e inferiores, pobres…sobretudo as mulheres. Neste caso você lê e sente a opressão e o medo, mas adivinha por detrás dessa mentira a verdadeira Maria Madalena…mas é o medo que fica e impera…

É tempo minha amiga de vencermos o medo em todas as suas formas! Nós temos de vencer este fantasma, e esses espectros ou espantalhos do medo que ainda pregam contra a mulher em nome da vida. Esses seres que negam a vida e o amor e que reprimem toda a sua sensibilidade para servir um deus de morte,um deus que condena e castiga, especialmente a mulher...um deus que não tem msericória por uma criança violada
Temos, com toda a força do nosso coração, de vencer esse peso de milhares de anos de repressão do feminino e da alma da mulher!

Eu também tinha um medo estranho e meio inconsciente lá no fundo de mim mesma e não ousava enfrentar a minha alma, a minha verdadeira natureza, aquela que se esconde na sombra da mulher, aquela que conhece o Outro Mundo, e ainda que me sentisse arrojada e me sentisses livre por fora, sei que não o era. Uma coisa é a verdade de nós mesmas que a sociedade patriarcal não permite sequer que espreitemos em nós, outra coisa é a nossa verdade enterrada há centenas de anos na tal caixa de Pandora com a qual o Patriarcado nos ameaça e nos culpa de gerar o mal do mundo. Nós mulheres temos medo de soltar o mal no mundo… fomos acusadas do pecado e da queda, não esqueça isso. Eu, só aos 52 anos, quando publiquei o meu primeiro livro, me libertei verdadeiramente, mas antes lutei pela minha expressão própria e no fundo e sem razão aparente o medo vinha e o afirmar a feminilidade do meu ser e o todo o amor da minha alma enquanto mulher foi muito doloroso e pungente.

Para já Não tenha medo de ter medo, enfrente-o e diga-lhe que não, um veemente NÃO porque é tempo de ser livre e de exprimir quem você realmente é... enfrente esse medo que a tolhe e evoque o amor do seu coração, o poder da Deusa Mãe...experimente fazer isso. Vá buscar a sua mulher selvagem e solte-a…
LIBERTE-SE DE PADRÃOS E PRECONCEITOS!!

Não se deixe vencer pelo medo porque ele está aí para isso e só o seu amor por si a pode salvar das suas garras. Ame-se sem medo! Ame-se a si mesmo e o medo dilui-se como o pó…é o nosso medo do medo que o alimenta…é a nossa falta de amor por nós mesmas que lhe dá força e forma…
Ame-se. Só o seu amor pode exorcizar esse medo!


QUANDO O NOSSO CORAÇAO ARDE DE AMOR O MEDO ESPANTA-SE SÓ POR SI...
O CORAÇÃO IMACULADO DE MARIA MADALENA É O FOGO PURIFICADOR DO FEMININO QUE A IGREJA SEMPRE TEMEU PORQUE ELE NOS SALVA...
RLP

4 comentários:

Anónimo disse...

eu era um dinossauro, a minha mulher uma dinossaura, o nosso deus nos abandonou e nós nos extinguismos.
parece que aconteceu o mesmo com a mulher e o homem de NEANDERTHAL.

Anónimo disse...

pois foi...agora que fazemos?

rl

Anónimo disse...

É esse maldito medo que nos ensinaram e nos impuseram para que titubeemos diante de nossos pensamentos e desejos. E nós, sempre dominados, mulheres e homens.
É esse medo que temos que perder. Sem medo de ter medo. Mas sem medo de não ter medo. Quanta coragem é preciso ter para queimar livros escritos a cinco mil anos por tribos machistas, machistas e machistas, que através de uma cultura ridícula tenta nos impor costumes ridículos, e consegue, que já eram ridículos a cinco, quatro ou três mil anos, quando escreveram o velho livro, ou a 1700, quando escreveram o novo, homens idênticos, com os mesmos interesses?
Na verdade ficamos buscando coisas escondidas, mensagens subliminares, conspirações, por que temos medo de aceitar que esses livros representam histórias machistas, escritas por uma cultura machista, que arrancou à conchas a carne de Hipácia ainda viva. Não há nada de subliminar na mulher do novo livro, ou do velho. Buscar alguma subjetividade nisso é perda total de energia. Esses textos são falácias, podem ser fatos reais, mas que credibilidade pode se dar aos hebreus de 2000.A.C. em se tratando do feminino, alguém acha que o que se escreveu passa perto do que aconteceu? Não se pode tentar imaginar porque a fonte é caluniosa, buscar conjecturas é um jogo de azar. Não só por isso digo que não devemos ter medo de negar a tudo isso e aceitar mulheres de verdade, Deusas ou históricas, e agora que busquemos a história real, não as dos opressores imperialistas, brancos, homens e ricos. E se quisermos então encarar esses livros como textos filosóficos, ou de valor moral, que devemos seguir seu ensinamentos, aí então é que devemos jogá-los na fogueira de uma vez.
Sobre o caso da menina violentada, me desculpe rosa, mas as próximas linhas contêm um ódio demasiado e aqui vai meu desabafo:
Alguns padres( preciso me segurar para não dizer: a igreja), ficaram horrorizados por uma questão simples. Não aceitam a pedofilia como crime.
No Brasil, são realizados todos os anos vários abortos legais quando a gestação é gestação e proveniente de estupro. Alguém se lembra de algum padre ou deputado se manifestar tão raivosamente por isso? Por que tanto estardalhaço com uma menina de nove anos? Simples: Não se pode condenar o que acontece em centenas de sacristias pelo mundo. A Igreja, com letra maiúscula , porque nesse caso temos o aval do Papa, não reconhece a pedofilia como crime.
Isso é só o resultado de milhares de anos de cultura. Vamos perder o medo a agradecer a excomunhão.

Anónimo disse...

Meu amigo, espero que não se importe que teha publicado seu comentáro.Pareceu-muito justo e quis dar voz a um homem justo...

obrigada por comentar

um abraço

rleonor