O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, março 14, 2009

UM AMIGO DE HIPÁCIA, UM AMIGO DAS MULHERES

"É esse maldito medo que nos ensinaram e nos impuseram para que titubeemos diante de nossos pensamentos e desejos. E nós, sempre dominados, mulheres e homens.

É esse medo que temos que perder. Sem medo de ter medo. Mas sem medo de não ter medo. Quanta coragem é preciso ter para queimar livros escritos a cinco mil anos por tribos machistas, machistas e machistas, que através de uma cultura ridícula tenta nos impor costumes ridículos, e consegue, que já eram ridículos a cinco, quatro ou três mil anos, quando escreveram o velho livro, ou a 1700, quando escreveram o novo, homens idênticos, com os mesmos interesses?
Na verdade ficamos buscando coisas escondidas, mensagens subliminares, conspirações, por que temos medo de aceitar que esses livros representam histórias machistas, escritas por uma cultura machista, que arrancou à conchas a carne de Hipácia ainda viva. Não há nada de subliminar na mulher do novo livro, ou do velho. Buscar alguma subjetividade nisso é perda total de energia. Esses textos são falácias, podem ser fatos reais, mas que credibilidade pode se dar aos hebreus de 2000.A.C. em se tratando do feminino, alguém acha que o que se escreveu passa perto do que aconteceu? Não se pode tentar imaginar porque a fonte é caluniosa, buscar conjecturas é um jogo de azar. Não só por isso digo que não devemos ter medo de negar a tudo isso e aceitar mulheres de verdade, Deusas ou históricas, e agora que busquemos a história real, não as dos opressores imperialistas, brancos, homens e ricos. E se quisermos então encarar esses livros como textos filosóficos, ou de valor moral, que devemos seguir seu ensinamentos, aí então é que devemos jogá-los na fogueira de uma vez.

Sobre o caso da menina violentada, me desculpe rosa, mas as próximas linhas contêm um ódio demasiado e aqui vai meu desabafo:
Alguns padres (preciso me segurar para não dizer: a igreja), ficaram horrorizados por uma questão simples. Não aceitam a pedofilia como crime.
No Brasil, são realizados todos os anos vários abortos legais quando a gestação é gestação e proveniente de estupro. Alguém se lembra de algum padre ou deputado se manifestar tão raivosamente por isso? Por que tanto estardalhaço com uma menina de nove anos? Simples: Não se pode condenar o que acontece em centenas de sacristias pelo mundo. A Igreja, com letra maiúscula , porque nesse caso temos o aval do Papa, não reconhece a pedofilia como crime.
Isso é só o resultado de milhares de anos de cultura. Vamos perder o medo a agradecer a excomunhão. "

*
Obrigada meu amigo pelo seu comentario. Eu publico-o, espero que não se importe, porque pensei a mesma coisa: só temos de agradecer a excomunhão de tal igreja...e é nestes casos que eles se deunciam...é exatamente como você diz: eles nao querem ser denunciados... a igreja sempre foi conivente com os crimes contra as crianças, a mulher e não só...

rlp

4 comentários:

Anónimo disse...

Como disse o gajo dos Gatos Fedorentos:
Vamos excomungar os excomungadores...
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Bom fim de semana!!!
Nana

Aliks disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Aliks disse...

...só depensar nessa história dá vontade de sair "socando" muita gente...em que ano nós estamos mesmo???...1400...

Anónimo disse...

Olá Rosa,
Excelente materia!!
Bjinhos pra Ti.
Karol.