O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, março 02, 2009

AS MULHERES DO MEU PAÍS...


“ Na tentativa de incrementar uma mudança nas sociedades contemporâneas, reivindicamos um processo de feministização dos domínios político, económico e sociocultural. Exigimos a erradicação das práticas discriminatórias que transformam as mulheres em indivíduos de segunda. Levantamos a voz pela consecução da Igualdade de Género.A militância feminista trouxe conquistas indubitáveis para a arena dos direitos das mulheres ocidentais, reflectidas designadamente no direito ao voto, à propriedade e ao divórcio, no acesso ao ensino e ao mercado de trabalho, na autonomia sobre o seu corpo. Contudo, a igualdade entre homens e mulheres não existe em nenhuma parte do planeta, prevalecendo repudiáveis violações dos direitos fundamentais.”



“A igualdade entre homens e mulheres não existe em nenhuma parte do planeta, prevalecendo repudiáveis violações dos direitos fundamentais.”

Apesar de esta afirmação ser totalmente verdadeira, e eu concordar com ela no plano prático, a igualdade entre homens e mulheres não pode ser estabelecida como as feministas pensam, só através da defesa dos direitos e deveres iguais e sociais porque esta se faz apenas através da afirmação do seu lado masculino, o lado esquerdo do cérebro, o lado racional da humanidade.
Falta precisamente à humanidade o lado feminino que a mulher deixou de representar há muito tempo porque ela adoptou, à força das circunstâncias que lhes foram impostas pelo poder falocrático, o lado masculino apenas sem abranger o lado feminino essencial nem aceder á consciência ontológica do ser humano. As feministas pecam por ser marxistas e comunistas e não englobarem outra visão do ser humano que não seja a visão materialistas do poder económico ou social e sexual.
Elas assim o afirmam: “reivindicamos um processo de feministização dos domínios político, económico e sociocultural”, mas a essência da mulher e o seu universo próprio, totalmente negado, a intuição, a emoção ou o lado afectivo e transcendente da vida, a essência da própria vida, a mística da Mulher, a concepção e gestação como um acto sagrado, é completamente ignorada e a questão do feminino e masculino serem complementares e a expressão de uma verdade maior ela é igualmente ignorada e A VIDA cingida aos aspectos MATERIAS (o sexual como prazer e o da reprodução da espécie sem mais).
Ora o que está em causa para mim neste momento crucial de evolução da humanidade, em plena crise do Sistema, não é apenas a mulher ser igual ao homem e ter os mesmos direitos! Porque esses direitos, no caos em que o mundo se encontra, se calhar vão acabar até para os homens…
O que está em causa é a Consciência Ontológica da Mulher, a mulher SER MULHER na totalidade, é a mulher encontrar a sua sombra (a outra mulher rivalizada, a mulher que se nega em si própria e recalcada a níveis inconscientes) e integrá-la. É a mulher desenvolver as características da sua natureza profunda e também o hemisfério cerebral direito, o lado feminino da humanidade, que corresponde ao lado atrofiado do cérebro, seja na mulher seja no homem. Enquanto a questão dos Princípios Universais, o Yin e o Yang, o feminino e o masculino, o equilíbrio entre o Céu e a Terra não forem feitos e compreendidos como forças inerentes ao desenvolvimento da espécie e integrados em cada ser humano, a mulher e o homem não chegarão a nenhum lado.

Mas esta questão é tabu para as mulheres quase todas marxistas e comunistas e que fossem religiosas seria parecido pois o seu deus é um dogma e sempre Homem, e nem se atrevem a colocar-se a questão da sua essência cósmica, nem da sua verdadeira natureza associada à Natureza mãe, ao Planeta Terra, de tal forma estão alienadas por conta do patriarcado que as reduziu a uma metade de si mesmas, a um seu travesti. As mulheres nem sequer compreendem esta questão nem nunca me ouviriam e se o fizessem era para rechaçar implacavelmente qualquer hipótese de verdade das minhas palavras.

Digo isto por causa da manifestação das mulheres e desfile marcado para o dia 8 de Março, o dia Internacional da Mulher em Lisboa.

Quem me dera acreditar e poder participar de alma e coração, mas eu sei que enquanto às mulheres faltar a dimensão do coração e a alma for uma metáfora elas não chegarão a nenhum lado porque elas só se atolam no Pântano da mente e do poder económico do patriarcado e poluem o mundo como eles. E eles continuam a fazer delas o que querem…porque elas continuam a ser as suas marionetas…
rlp

Sem comentários: