O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, março 31, 2009

A IMPORTÂNCIA DE SE SER VERDADEIRO CONSIGO MESMO


Sobre a auto-importância

Há uma capa que quer esconder os nossos defeitos dos outros e podemos chamá-la de vaidade.

É fácil fazer propaganda de nossas qualidades, mas é difícil reconhecermos publicamente e mesmo diante de nós mesmos os nossos defeitos.Tão difícil quanto isso é não julgar nem a nós mesmos nem aos outros, mas quanta felicidade há na mente que disso é capaz!

A humildade de reconhecer os próprios erros é indicação de elevada auto-estima.

A vaidade de esconder ou justificar os próprios erros é indicação de baixa auto-estima.

Observar a si mesmo exige uma profunda honestidade consigo mesmo.

As vezes pensamos que estamos escondendo os nossos erros dos outros mas na verdade estamos escondendo de nós mesmos, nos enganando e assim a nossa caminhada pessoal fica estancada e as coisas não fluem como deveriam.

Há na humildade de reconhecer-se tal como se é um brilho que irradia uma simpatia própria da essência. A verdade do ser é bela, despida de hipocrisia, como uma criança que não tem medo de mostrar-se.

A mente é muito ardilosa ainda mais quando alimentada por idéias espirituais, reveste-se então de um orgulho sutil que é muito difícil de vermos em nós mesmos, fazendo do enfrentamento de nossa própria sombra um jogo de esconde-esconde.

Muitas vezes em meditação alcançamos estágios de iluminação maravilhosos mas temos sempre que voltar e nos relacionar com os nossos semelhantes e aí percebemos que perdemos aquela experiência do divino com facilidade no humano do cotidiano.

E esses momentos onde vemos os nossos erros estampados em nós mesmos são tão ou mais valorosos que os momentos de beatitude espiritual, porque se trata de jogar luz sobre a sombra em nós e dela extrair uma nova percepção para nós mesmos.

(...)

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