O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, março 30, 2009

Há dias assim...

POST-SCRIPTUM:
*
Eu sei que por vezes pareço ou sou radical demais...e tomo posições extremadas, mas a mente precisa de um impacto para não nos iludir nem convencer que só um dos lados da vida é a verdade...

Tudo tem dois lados e o ser humano também. Contudo não suporto a idea de os muito bons de um lado e os muito maus do outro...

E a minha tendência pendular...puxar para o lado oposto quando me puxam para um dos extremos e tenho muita dificuldade com a mentira velada e o disfarce...com o convencimento de alguns e as certezas de outros.
Eu creio nas possibilidades infinitas do Conhecimento e do Comos, mas duvido das certezas categóricas dos peudo-iluminados...
Há sempre os que são verdadeiros e os que falseiam. É dos oportunistas que falo, dos que se aproveitam dos incautos e não das pessoas sérias que se dedicam de corpo e alma...Porque são os aproveitdores que fazem desacreditar dos verdadeiros...e a confusão é tal que tomamos "gato por lebre...

Continuo a crer que a verdade tal como a virtude está no meio e não em nenhum dos exremos!

E não gosto nada quando me dizem que tenho de olhar só para um lado...para o lado bom das coisas!

rlp

Há dias em que não me apetece escrever nada, nem abrir a página sequer...


“É que o problema da nossa incapacidade de amarmos verdadeira e plenamente, do nosso medo de aceitarmos o amor e tolerarmos a proximidade de outra pessoa (embora pensemos querê-la), está indivisivelmente associado ao problema da nossa dependência de falsos deuses e da de salvação.
(…)
Todos nós queremos amor. Mas, na realidade, muitos de nós lidam consigo e com os outros de uma forma desamorosa. Outros pelo contrário, rejeitam essa necessidade e, na medida em que esta se torna fatal para o indivíduo, tais pessoas colocam a todos nós em perigo. Não nos deixam em paz. Provocam desassossego para se libertarem do desespero da sua situação.”*


* Falsos Deuses - de Arno Gruen

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