O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, novembro 01, 2019

VÁRIOS EXCERTOS




SOBRE A NOSSA SOMBRA...

Muitos dos conceitos da Nova Era são os mesmos preconceitos religiosos de sempre disfarçados de novos, em que vimos como realmente o ser humano se vê obrigado a manter uma atitude passiva e "humilde", dita "positiva"...e a não ousar dizer o que pensa e sente...com medo de julgar...é preciso que não vejas nem digas o que pensas com medo de julgar...e aí está um travão secular ao discernimento individual e a emancipação do individuo do colectivo...
Trata-se de igualmente dentro dessas teorias do “ser positivo” e olhar só “o lado bom das coisas” de uma armadilha da mente a fim de não olharmos o lado que precisamos de facto olhar, seja em nós seja nos outros, pela maneira preconceituosa como nos negamos a encarar a nossa Sombra e mais precisamente a dos outros.
Ora a sombra - nos seus aspectos negativos - é indispensável para integrar os aspectos opostos da dualidade que todos vivemos neste plano de evolução.. E não é omitindo a sombra e não a querendo ver que saímos da dualidade e entramos no caminho do uno, com fizeram durantes séculos os cristãos, sempre em oposição e antagonismo entre o bem e o mal sem nunca discernir que ambas os aspectos estão em cada indivíduo e são parte integrante da manifestação. O que eu acho é que muitas destas novas teorias, terapias e canalizações nos incitam a uma aceitação e apatia ou mesmo a uma alienação idêntica à das velhas religiões, para manter o ser humano na ignorância e medo...de não julgar...sim, não podemos julgar quem é diferente de nós, mas devemos VER quem nos impede de evoluir...ou quem nos mente.... 

ah o "pensamento positivo" que abomino… ah mas o belo, dizem-me os feios e os torpes, o bom, dizem-me os mais maldosos e o melhor para o mundo? Ah e a Paz dizem os mais intranquilos… e agressivos!
Precisamos tanto de paz e amor e já agora acreditar na alma gémea …E que bela seria a vida se tivéssemos essa alma que nos inspirasse ou esse deus que nos protege e não deixa que o mal, a doença a guerra e a morte aconteçam...
ah eramos tão felizes…felizes para sempre!
Mas não me deu a mim deus uma crença assim, sou amarga e ceptica e diria como Pessoa, muito longe de ter a sua genialidade, que apenas sou lucida...
Oh merda! Nenhuma história ou amor de pacote me convence nem o mais literário e poético... que fazer, nasci assim. Vou morrer assim.
rlp

A TEORIA DO POSITIVO...

Em nome do ideal e das ideologias marxistas positivistas ou de género, da dita espiritualidade de pacote, do bem e mal ou do politicamente correcto, as pessoas alienam-se completamente da sua realidade e do que verdadeiramente são ...Alienam-se da realidade objectiva que é completamente adulterada por pressupostos e até leis que não correspondem em nada à vida das pessoas, as suas mentalidades arcaicas, nem como elas reagem e são intimamente no dia a dia. Este desfasamento entre o que se é e o que se pensa, crê e acredita ou projecta, cria uma série de discrepâncias e aberrações sociais, porque vivemos e sentimos uma coisa, mas andamos todos a pregar outra...convertemo-nos todos em pregadores de qualquer coisa...

RLP

RESPOSTA A UMA  DESCONHECIDA 
(escrita em 2008)

...minha querida alma, nada do que se discute aqui tem qualquer importância e para lhe ser sincera mais uma vez, eu não confio verdadeiramente em ninguém, nem creio na lealdade nem na fidelidade humana. E não me contradigo. Mas sou amigável e receptiva, acredite, quando sinto e creio na autenticidade das pessoas, no seu esforço de sinceridade, até mesmo quando elas não sabem que mentem e acreditam que o que dizem é a sua verdade. Aceito os excessos, os complexos, as vaidades, as invejas e as contradições, ou a loucura das pessoas. Porque sei que a nossa humanidade é assim... variável, grandiosa e mesquinha, sublime ou grotesca, de acordo com as nossas feridas, fantasias, crenças e vontades, de acordo com os nossos sonhos e interesses e egos...toda a nossa complexidade…divididos entre deus e o diabo...
Ah! Como estamos tão longe de sermos íntegros, unos e coesos e não há nada ao cimo do Planeta que mude a natureza das coisas a não ser quando estivermos todos, cada um por si, noutro nível de Consciência (não mental) ou noutra Dimensão que não a 3ª se por acaso viermos a sair desta dualidade terrákia…desta asfixia planetária...
Da humanidade em geral, eu de diferente sou só suficientemente matura para já saber isso e não me deixar afectar com os meus paradoxos, PORQUE, AFINAL NUNCA NADA É BEM COMO SE DIZ ou se pensa...nunca nada é como se julga...e a cada um é dado sonhar o que quer...Mas não me venham vender sonhos a mim...

rlp

*Carta a uma desconhecida em 2008



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