UMA PEQUENA BIOGRAFIA
Desde 2011 que escrevo neste perfil (do facebook) sobre a égide da Mulher e só sobre a mulher subentendendo a Deusa Mãe como referência máxima do Principio Feminino, por hora ausente da Terra. Mas faço-o há muito mais tempo no meu blog do mesmo nome, Mulheres & Deusas, do qual publiquei um livro também em 2008, tendo publicado um outro livro, dedicado à mulher interior e o seu despertar psíquico e emocional, Antes do Verbo era o Utero em 2003. Mas escrevo no blog Rosa Mater (subtítulo de Mulheres & Deusas) pelo menos desde 2001...
Editei o meu 1º livro em 1996...Mulher Incesto, onde o amor e o desejo surgem dentro da mulher como o desejo (sede) da mãe que não tiveram, o abandono da mãe que traz a luz sobre a mulher interna indo ao fundo do seu mistério e como vislumbrei a Deusa debaixo da influência de Lilith vivendo-a como uma revelação sensual e não uma ideia ou uma crença e a forma como a partir dai vejo e sinto o feminino essencial e o vivo dentro de mim, e como a Deusa se pode manifestar na mulher sendo uma experiência interior de integralidade, de sensualidade e magnetismo e não como um culto ou uma evocação fora de nós.
O meu ultimo livro, Lilith, A Mulher Primordial é a experiência e a consciência do como em todos estes anos Lilith como Mulher Primordial se consubstancializou dentro de mim ao fim de toda esta pesquisa e busca da energia feminina vivida no mais recôndito do meu ser. Viver essa mulher, ser essa mulher inteira é o propósito de toda a mulher que se busca unir e ser coesa. Esse é o desafio que vamos ter pela frente na próxima década em que Lilith (a Lua Negra) vai estar em carneiro…
O que eu queria deixar escrito neste breve apontamento é que o trabalho da Consciência da Mulher em si ainda não terminou e a humanidade não vai avançar se a mulher não se tornar una em si e acabar com a cisão de mulher em duas. Não vamos dar nenhum salto quântico e a partir do nada a mulher se torna a Mulher de outrora tão esquecida de si e fora da história dos homens e da literatura e dos mitos. Não é meramente pela evocação da Deusa Mãe e o seu culto renovado que vamos ser essa mulher, se cada mulher por si mesma não fizer o trabalho de união com as duas mulheres divididas na sua psique (a santa e a prostituta) dentro de si, pois enquanto a mulher não tiver integrado e trabalhado a sua ferida com a mãe e não vir na mãe o seu reflexo directo, seja no verso seja no reverso de como a Mãe real é para ela, a Deusa Mãe não é senão uma projecção da boa mãe que não tiveram… uma Deusa lenitiva e salvífica que adoram e de quem como meninas esperam tudo menos crescer e serem mulheres autênticas… dando-se as mãos em festa, mas odiando-se no dia a dia umas as outras e competindo na ribalta dos seus palcos crenças por maior protagonismo ou dinheiro… a mesma animosidade de sempre que dividia as mulheres e que começa no ódio da filha a mãe e vice-versa.
Rlp
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