O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, março 20, 2022

"O nosso corpo etérico...



"O nosso corpo etérico é muito complexo e contém todas as nossas memórias, prontas para nos apresentarmos quando as relembrarmos. Mesmo aquelas coisas que se afundaram nas profundezas da alma, coisas das quais não temos consciência na consciência desperta, estão contidas no corpo etérico de alguma forma. Toda a nossa vida nesta encarnação está retida no corpo etérico, está realmente presente nele.
Claro que isto é muito difícil de imaginar, mas é verdade, no entanto. Imagine que você fosse falar o dia todo, como algumas pessoas fazem, e tudo o que você disse ficou gravado em discos. Quando o primeiro disco está cheio, você leva um segundo, depois um terceiro, e assim sucessivamente. O número de registros dependeria do quanto você falou. Agora, se alguém recolhesse todos os discos, tudo o que você disse estaria bem preservado nos registos no final do dia.
Então, se alguém os reproduzisse, tudo o que você disse durante o dia seria ouvido novamente. De uma forma semelhante, todas as nossas memórias são retidas no corpo etérico. Sob as condições especiais do sono uma parte do corpo etérico aparece diante de nós, como se — para ficar com esta metáfora — tirássemos um disco da coleção e reproduzido; este é o tipo de sonho mais comum. Assim nossa consciência tece em nosso próprio corpo etérico.

Rudolf Steiner


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